Este estudo, com cerca de um milhão de registos de utentes, confirmou que a utilização regular de OCT, em consultas de Optometria, aumenta em 34% a probabilidade de encaminhamento dos utentes, para uma avaliação especializada nesta patologia e, dessa forma, reduzir a elevada taxa de casos de glaucoma não diagnosticados.
“Estes dados confirmam a importância dos Optometristas na prestação de cuidados primários da saúde da visão. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) em Portugal enfrenta limitações extremas de acesso a cuidados de saúde com as listas de espera para a primeira consulta hospitalar da especialidade de oftalmologia no topo das maiores limitações de acesso de cuidados para a saúde em Portugal. Como consequência, os portugueses sofrem de deficiência e cegueira que pode ser evitada, resultando no maior grupo de incapacidade em Portugal” afirma Raúl de Sousa, Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), Entidade de Utilidade Pública.
O glaucoma danifica as células da retina e do nervo ótico que transmitem a informação do olho para o cérebro. O diagnóstico é altamente desafiador uma vez que a doença apresenta poucos sintomas nos estágios iniciais. Cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo têm glaucoma, mas estima-se que pelo menos metade das pessoas que vivem com a doença não sabem que a possui.
“Portugal tem de implementar as recomendações internacionais para a integração dos optometristas nos cuidados para a saúde da visão no Serviço Nacional de Saúde, promovendo o adequado planeamento da força de trabalho de profissionais da saúde da visão.
Os optometristas constituem a classe mais numerosa de prestadores de cuidados para a saúde da visão em Portugal, realizam dois milhões de consultas por ano e são responsáveis por mais de 70% das prescrições para óculos e lentes de contacto em Portugal. Este é um pilar da saúde da visão em Portugal, fundamental para evitar a deficiência visual e cegueira em milhões de portugueses”, conclui Raúl de Sousa.
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