O maior evento nacional dedicado à natureza, organizado pela Câmara Municipal de Vila do Bispo, em parceria com a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Associação Almargem, atraiu cerca de 1110 participantes presenciais, provenientes de vários pontos do país, da Holanda, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, República Checa, Espanha, Ucrânia, Irlanda, Áustria, Itália, França, Finlândia, Luxemburgo, Paquistão, Lituânia, Suécia, Brasil, Venezuela, Paraguai, Argentina, Estados Unidos da América e Nova Zelândia. Esta edição do Festival contou também, na vertente online, com a realização de Webinares Pré-festival onde participaram 189 pessoas. A adesão ao Festival deixa a organização muito satisfeita, neste que foi o regresso à normalidade, seguindo as diretrizes da Direção-Geral da Saúde.
Durante cinco dias foram realizadas mais de 200 atividades dedicadas à natureza, algumas merecem destaque pela adesão dos participantes. É o caso da atividade “Mel de Sagres – 2000 anos de História”; os workshops de fotografia, com o patrocinador SONY a oferecer uma câmara fotográfica a um participante; a Tertúlia Aves & Vinho; as atividades com os mais novos em torno do livro “Os Aventureiros e os Piratas da Falésia”, de Isabel Ricardo, cuja história se desenrola no Festival.
Destacamos também o regresso dos lojistas ao festival, com 16 lojas a marcarem presença, com os mais diversos produtos.
Este ano foi possível observar nos céus de Sagres mais de 130 espécies de aves, incluindo duas raridades: a felosa-assobiadeira e o peito-carmim. Entre as aves mais comuns observadas durante o Festival, mas que causam sempre furor entre os participantes, temos o britango, águia-pesqueira e gralha-de-bico-vermelho. Foi ainda devolvida à natureza um peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), recuperado no RIAS, um dos momentos mais emocionantes para alguns participantes. Para além das aves também foram observados insetos, golfinhos e uma baleia-de-bryde, o primeiro avistamento e registo desta espécie nos mares de Sagres.
Para Rute Silva, presidente da Câmara Municipal, o sucesso ao longo dos anos e o reconhecimento deste festival no panorama nacional e internacional, como grande evento de observação de aves e de atividades de natureza, deve-se ao esforço e colaboração de todos pelo que agradece a todos os parceiros, voluntários, associações, empresas, patrocinadores e participantes que aderiram a esta iniciativa.
Atenta à importância deste evento, para a economia do concelho, a autarca considera ainda que “O futuro de Vila do Bispo é o que a natureza nos dá. Só temos de a aproveitar de forma sensata e sustentável”.
É nestes moldes que se começa a pensar já na próxima edição, agendada para o primeiro fim de semana de outubro de 2022.