Declarações dos treinadores do FC Porto e do Portimonense (1-0) no final do encontro da oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou no Porto:

- Sérgio Conceição (treinador do FC Porto): “Fizemos um jogo competente, criámos muitas situações de golo, mas fomos ineficazes em termos ofensivos. Estivemos sempre equilibrados. Na única ocasião em que não mantivemos esse equilíbrio, o Portimonense criou uma ocasião de golo.

Foi um jogo bem conseguido. Ainda marcámos um golo na parte final, mas foi anulado por um cabelo. Tivemos mais situações mesmo em inferioridade numérica. Foi um jogo de sentido único e o resultado foi escasso.

Esta pausa vai ser boa para recuperar um ou outro lesionado, mas para continuar a trabalhar. Quanto mais tempo de trabalho tivermos, melhor para nós como equipa.

O lance do David Carmo foi junto ao banco. Dá-me a entender que o David não tinha necessidade de fazer aquela falta, mas acontece. Tinha vontade de recuperar a bola. Sinceramente, no jogo não tenho perceção. Tenho de ver o lance outra vez”.

 

- Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Começando pelo fim, o jogo ficou mais difícil para o FC Porto, reduzido a dez elementos e com a pressão que estávamos a exercer. Poderíamos e deveríamos ter aproveitado melhor.

Falhámos logo na primeira missão que era segurar os primeiros vinte minutos. É difícil fazer isso em casa dos grandes, mas é fundamental. O FC Porto teve alguma felicidade na forma como chegou ao golo. Vi que a bola ia para fora, até me tinha virado para o banco para comentar o lance. E vi o golo na cara dos meus adjuntos. A bola fez um efeito fantástico, pensei que ia para fora.

A missão foi manter o plano a partir daí. Não podia deitar tudo fora aos cinco minutos.

O FC Porto teve mais bola, fruto da qualidade que tem. Mas estes rapazes, alguns foi a primeira ver que tiraram fotografias no Dragão. São potências diferentes. Com muita dignidade e intensidade, mantivemos o jogo vivo.

Ao intervalo pedi aos jogadores para segurarem a entrada na segunda parte para depois arriscar. As substituições foram para isso. Assustámos e tivemos a melhor ocasião do jogo. Tenho de tirar o chapéu ao trabalho da equipa que foi competitiva até ao último minuto.

Faltou melhor decisão na finalização do Hélio. Foi uma ocasião soberba na área do FC Porto. Ainda na primeira parte, tive o impulso de colocar um jogador a aquecer para alterar as coisas, mas tive de me segurar.

É preciso muita audácia para vir com o Portimonense ao Dragão sufocar o FC Porto. É muito arriscado. O plano funcionou, a segunda parte foi diferente. Foi pena o golo sofrido. Temos muito trabalho pela frente, vai ser duríssimo, mas estamos a dar passos firmes em termos de crescimento”.

 

Por: Lusa