“A partir do final do mês de abril de 2022, verificou-se uma melhoria gradual da situação epidemiológica da GAAP [Gripe Aviária de Alta Patogenicidade], nomeadamente uma diminuição acentuada do número de focos de doença notificados no território da União Europeia”, lê-se num edital da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Perante esta evolução, a DGAV sublinhou que “importa rever” o confinamento imposto às aves domésticas em instalações localizadas nas zonas de alto risco.
Apesar da melhoria da situação, a DGAV ressalvou ser “improvável” que a circulação do vírus tenha “cessado por completo”, podendo manter-se em menor grau entre as aves selvagens estivais e residentes.
Considerando que o risco de contacto entre as aves domésticas e selvagens é o “mais importante” para a ocorrência da doença, a implementação e o cumprimento das medidas de biossegurança mantém-se, como a higienização das instalações, equipamentos e materiais, assim como o controlo dos acessos aos estabelecimentos onde estão as aves.
A DGAV reiterou também que qualquer suspeita de infeção, como aumentos de mortalidade, aparecimento de sintomas compatíveis, diminuição dos consumos de água e comida e alterações dos parâmetros produtivos, onde se inclui a diminuição da postura de ovos, deverá ser comunicada.
Em Portugal, o primeiro foco de gripe aviária foi detetado em 30 de novembro de 2021, numa capoeira doméstica, em Palmela, distrito de Setúbal.
Desde essa altura foram contabilizados 20 focos em aves domésticas, incluindo explorações comerciais de perus, galinhas e patos, uma coleção privada de aves e capoeiras domésticas, a que se somaram seis focos em aves selvagens.
Os focos em causa atingiram os distritos de Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Beja, Évora, Faro e Porto.
O último foco foi confirmado no dia 15 de março, numa capoeira doméstica no concelho de Castro Marim, distrito de Faro.
A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.