A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve, adianta a DGS em comunicado.
Todas as infeções confirmadas pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) são em homens entre os 23 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, refere a DGS, acrescentando que todos “mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis”.
A autoridade de saúde recomenda às pessoas que apresentem erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço para procurar aconselhamento médico.
Aconselha ainda a cobrir as lesões cutâneas quando se dirigirem a uma unidade de saúde.
“Reforçam-se as medidas a implementar perante sintomas suspeitos, devendo os doentes abster-se de contacto físico direto com outras pessoas e de partilhar vestuário, toalhas, lençóis e objetos pessoais enquanto estiverem presentes as lesões cutâneas, em qualquer estadio, ou outros sintomas”, salienta no comunicado.
A DGS refere que continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias, acrescentando que a informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional.
A autoridade de saúde, através de especialistas da Comissão Técnica de Vacinação da DGS, está a estudar a eventual necessidade de administrar a vacina a contactos de casos confirmados e a profissionais de saúde, no contexto deste surto.
A doença, que tem o nome do vírus, foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, depois de o vírus ter sido detetado em 1958 no seguimento de dois surtos de uma doença semelhante à varíola que ocorreram em colónias de macacos mantidos em cativeiro para investigação.