“Desde 3 de maio [dia em que foi detetada a presença do vírus Monkeypox (VMPX) em Portugal] até 19 de outubro de 2022, foram identificados 944 casos confirmados laboratorialmente, mais quatro em relação à semana passada”, refere a DGS no relatório semanal publicado no ‘site’.
Até à passada quarta-feira, foram reportados ao Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVEmed) 873 casos, sendo a maior parte pessoas com idades entre os 30 e 39 anos (380; 44%) e homens (865; 99,1%). Há oito casos reportados de mulheres (0,9%).
Os dados adiantam que, entre 16 de julho a 16 de outubro, foram vacinados no contexto de vacinação pós-exposição 554 contactos.
Em complemento à vacinação pós-exposição, iniciou-se a 26 de setembro a vacinação preventiva para grupos com risco acrescido de infeção humana por VMPX, tendo sido vacinados desde essa dada 261 pessoas.
A vacinação preventiva está a decorrer nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Norte, Centro, e Algarve, estando a ser também organizada nas restantes regiões do país, adianta a DGS, que tem disponível no ‘site’ a lista de locais onde são administradas as vacinas.
A Direção-Geral da Saúde afirma que está a acompanhar a evolução da situação epidemiológica, a nível nacional e internacional, “o que tem permitido verificar que a situação de redução do número de casos reportados a nível nacional desde julho de 2022 é similar à da tendência de declínio constante descrita nos países da UE/EE”.
“Considera-se pertinente manter as ações de diagnóstico precoce, isolamento, rastreio e seguimento eficaz de contactos, apoiadas pelas estratégias de vacinação preventiva e pós-exposição visando a redução das cadeias de transmissão e o controlo do surto”, sublinha no relatório.
De 01 de janeiro a 17 de outubro deste ano, foram reportados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 73.436 casos confirmados e 1.094 casos prováveis de infeção humana por VMPX, em 109 países, incluindo 29 óbitos.
O número de novos casos reportados semanalmente no mundo diminuiu 20,6% na semana de 10 a 16 de outubro comparativamente com a anterior.
A maioria dos casos das últimas quatro semanas foi notificada na Região das Américas (88,5%) e na Região Europeia (9,2%).
Os 10 países com maior número de casos são os Estados Unidos da América (27.128), Brasil (8.621), Espanha (7.239), França (4.064), Reino Unido (3.673), Alemanha (3.651), Peru (2.785), Colômbia (2.730), México (2.147) e Canadá (1.410).
Juntos, estes países representam 86,4% dos casos notificados globalmente, refere a DGS, salientando que, em 17 de outubro, a OMS continuava a considerar que o risco global é moderado, sendo alto na Região Europeia.
Segundo a DGS, os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.