Os aumentos dos vários escalões de consumo aplicados de forma diferenciada a partir de março resultam de um “instrumento proposto” pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), disse aos jornalistas o presidente da AMAL, António Pina, no final de uma reunião daquela entidade.
O presidente da associação que integra os 16 municípios algarvios, detalhou que o primeiro escalão não terá qualquer aumento, sendo aplicado um aumento de 15% ao segundo escalão, “ou seja, um aumento igual ao que se pede para poupar no consumo”.
No terceiro, o aumento é de 30% e de 50% no quarto e último escalão.
Ao consumo não doméstico - hotelaria, comércio e indústria - vai ser aplicado um aumento de 15%.
Segundo António Pina, a medida decidida pela AMAL “é um instrumento de sensibilização adicional”, para penalizar quem consume mais água.
“Apesar de todas as outras formas de comunicação que têm vindo a ser utilizadas, o consumo urbano no primeiro mês deste ano continua a aumentar em relação ao mês homologo do ano anterior”, apontou.
O também presidente da Câmara de Olhão lamentou que as pessoas ainda “não estejam consciencializadas e a contribuir” para a redução do consumo de água, num momento em que é preciso o esforço de todos para enfrentar a escassez hídrica no Algarve.
“Claro que nem todos [os municípios] concordam, porque alguns já têm níveis de eficiência superiores”, notou o autarca.
Contudo, adiantou, todos perceberam que perante esta incapacidade em se poupar água, “é de facto preciso chocar de alguma maneira”.
“Este é um dos instrumentos que estão disponíveis, mas em breve virão outros”, avisou.
Lusa