O Novo Banco está a preparar a venda de um conjunto de terrenos para construção em Lisboa e no Algarve avaliados em 365 milhões de euros. Trata-se do projeto que já tem um nome – Eleanor – e que envolve um terreno junto às Amoreiras, na capital, com 133 mil metros quadrados (m2), onde deverão nascer 683 casas. Os quatro terrenos em causa têm uso misto, desde habitação a escritórios, passando também pelo comércio e turismo.
Quem o confirmou foi o próprio Volkert Schmidt, presidente da GNB Real Estate (GNBRE), a subsidiária do Novo Banco responsável pelo imobiliário. E adiantou ainda que o preço dos terrenos (365 milhões de euros) é meramente “indicativo”, sendo que “será o mercado a ditar o desfecho” do negócio, cita o Expresso.
Estes são, em concreto, os terrenos que vão ser colocados à venda pelo Novo Banco e que fazem parte do projeto Eleanor, cuja construção está estimada em 1.000 milhões de euros, além do custo dos terrenos:
- Terreno da Artilharia 1, junto às Amoreiras (Lisboa): possui 133 mil m2 distribuídos em seis lotes e está avaliado em 240 milhões de euros. O loteamento já aprovado destina-se, sobretudo, a uso residencial (51%) e deverá colocar no mercado 683 habitações destinadas ao segmento alto;
- Terreno nos Olivais Sul (Lisboa), com 88,8 mil m2 e quatro lotes, está avaliado em 43 milhões de euros. Aqui prevê-se a construção de escritórios, residências partilhadas e comércio. E poderá ter uma componente de arrendamento acessível;
- Terreno em Benagil (Algarve), avaliado em 52 milhões de euros, está em fase final de licenciamento. Nos seus 68 mil m2 de construção inserem-se um hotel com 150 quartos, moradias, apartamentos turísticos e residências;
- Terreno em Arade (Algarve), que conta com 115,5 mil m2 (21 lotes) e está avaliado em 32 milhões de euros. Este terreno já tem o licenciamento concluído e prevê colocar no mercado 652 casas, tendo ainda espaços turísticos e dedicados à hotelaria.
Deste projeto fazia parte o Cabanas golfe, em Oeiras, que foi, entretanto, retirado pelo Novo Banco e vendido em separado por cerca de 40 milhões de euros, adianta a mesma publicação.
O responsável pelo GNB Real Estate refere que “o objetivo é vender em bloco, mas também aceitamos ofertas individuais”. E admite adiar a operação, se sentirem que este não é o momento para avançar com a venda dos terrenos, uma operação que está a cargo das consultoras CBRE e JLL.
Por: Idelista