A crise habitacional está a deixar marcas, tendo os preços das casas à venda disparado nos últimos anos, o mesmo acontecendo no mercado de arredamento, com o valor das rendas pedido pelos senhorios aos inquilinos subido em flecha. Perante este cenário, muitas pessoas estão a optar por mudar de casa. Nos últimos cinco anos, 36% dos portugueses trocaram de casa, sendo que 7% realizaram essa mudança no último ano. A alteração do agregado familiar é o principal motivo que leva à tomada desta decisão.
Esta é uma das conclusões a retirar do estudo realizado pelo Observador Cetelem, marca comercial do grupo BNP Paribas Personal Finance – foram realizadas 1.000 entrevistas online entre 8 e 14 de novembro de 2023.
Segundo o estudo, entre os principais motivos apontados para a mudança de casa estão:
- Alteração do agregado familiar (33%);
- Motivos económicos (32%);
- Motivos profissionais (17%).
“A maior parte (31%) dos que apontaram motivos económicos para a mudança de casa estão entre a faixa etária dos 35 aos 44 anos. Por outro lado, é na faixa etária mais jovem (entre os 18 aos 24 anos) que há uma maior percentagem em relação a outros motivos: alteração do agregado familiar (43%) e razões profissionais (30%)”, conclui o estudo.
Maioria dos portugueses tem casa própria
A maioria dos inquiridos, praticamente sete em cada dez (69%), afirma ser proprietário de casa própria enquanto 28% vivem em casa arredada. Dados, de resto, que estão em linha com os divulgados pelos Censos de 2021. Os restantes 4% dos inquiridos escolheram a opção “outra”, sendo que viver em casa de familiares se inclui nesta opção, explica a empresa.
É no Porto que há mais pessoas com casa própria (72%), de acordo com o estudo, seguindo-se as regiões Sul (71%) e Norte (68%). Onde é que há mais arrendatários? Na região Centro (32%) e em Lisboa (31%), conclui o estudo.
Perspetivando o ano de 2024, 17% dos inquiridos planeia mudar de casa: 10% para uma comprada e 7% para uma arrendada.
Por: Idealista
