Ao longo de três semanas, nas hortas comunitárias do CEAT, um território onde as questões da escassez de água são prementes e as monoculturas absorvem grandes quantidades de recursos hídricos, o coletivo de investigação e criação artística reuniu diversos artistas visuais e performers e questionou o atual modelo da agroindústria.
Considerando, ainda, que Tavira é uma cidade rica em vida cultural e património histórico, duas das ações previstas realizaram-se na Ermida de São Roque e no Clube de Tavira.
No decorrer destas sessões, os participantes foram convidados a partilhar experiências, conhecimentos e narrativas que foram incorporadas na dramaturgia do trabalho.
O “Observatório dos Rios” apresentou-se ao público, através de uma série de peças e dispositivos interativos, ativados pelos participantes, durante o percurso performativo. Através destes encontros pretendeu-se estimular associações e fomentar coletivos locais a criarem os seus próprios observatórios.
O projeto “Odisseia Nacional” democratiza a oferta teatral e pretende retratar dimensões fulcrais da atividade cultural em Portugal, procurando, através do teatro, criar uma reflexão aprofundada sobre as diversas realidades, promover a coesão territorial e deixar um lastro para o futuro.
O Município de Tavira celebrou, recentemente, com o Teatro Nacional D. Maria II um protocolo de colaboração que visa a difusão e a criação de atividades artísticas, culturais e educativas, no campo das artes performativas, bem como a promoção da cidadania e democratização do acesso às artes e cultura.
A primeira colaboração traduziu-se no acolhimento do projeto “Odisseia Nacional”, o qual conta com a parceria da Fundação Calouste Gulbenkian.