A Orquestra do Algarve apresentou ontem, em Faro, pela primeira vez na sua história, a agenda completa da sua temporada para 2023-2024, disponibilizando o calendário de concertos, com todos os programas, maestros e artistas com quem irá colaborar.

“Este esforço representa uma evolução significativa na vida da nossa Orquestra, na medida em que nos permite olhar o futuro e assumir compromissos de excelência e ao mesmo tempo dá a possibilidade ao nosso público para conhecer detalhada e atempadamente qual a oferta que trazemos em cada momento”, sublinhou o maestro titular, Martim Sousa Tavares.

Na apresentação feita receberam destaque e foram considerados concertos “imperdíveis […], pela sua natureza efémera” espetáculos como o “Concerto de Rentrée” desta nova temporada, que se realiza esta sexta-feira no Auditório Municipal de Lagoa, com direção do maestro Pedro Neves, titular da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

Destaca-se igualmente o concerto anunciado para janeiro de 2024, com o maestro e pianista Dinis Sousa, atual maestro titular da Royal Northern Sinfonia, em Newcastle, Reino Unido, fundador da Orquestra XXI.

Maestro assistente do Coro Monteverdi e da Orchestre Révolutionnaire et Romantique, Dinis Sousa dirigiu este ano a produção de "Le Troyens", de Berlioz, nos concertos 'Proms' da BBC, que foi eleita um dos melhores seis espectáculos do festival britânico, pela crítica do jornal The Times.

Nascido no Porto, Dinis Sousa vive em Londres e é fundador e diretor artístico da Orquestra XXI – projeto vencedor do prémio FAZ-IOP 2013, que reúne músicos portugueses residentes no estrangeiro. A orquestra tem aparecido nas temporadas da Fundação Calouste Gulbenkian, Casa da Música e Centro Cultural de Belém.

Outras atuações a não perder, segundo a Orquestra do Algarve, serão os concertos de Natal, nos quais se poderá escutar o "Magnificat", de Johann Sebastian Bach, por solistas e pelo Coro Comunitário da Orquestra do Algarve, bem como o concerto comemorativo dos 200 anos da 9.º Sinfonia de Beethoven, em maio de 2024, sob a direção de Martim Sousa Tavares.

Este concerto contará com mais de 90 artistas em palco, entre músicos, solistas e coralistas.

A Orquestra do Algarve foi fundada em 2002 e em 2013 tornou-se Orquestra Clássica do Sul, “com vista a desenvolver a sua atividade de promoção, divulgação e dinamização da música erudita e cultura nas regiões do Algarve e Alentejo”.

Em 2023, iniciou “um novo ciclo” com o regresso ao seu nome de origem, Orquestra do Algarve.

“Composta por músicos de catorze nacionalidades, a multiculturalidade sempre foi uma das suas características, conseguindo reunir em palco profissionais criteriosamente selecionados em concursos de índole internacional”, segundo o texto de apresentação da orquestra.

A agenda completa da temporada pode ser consultada em https://www.canva.com/design/DAFtmAsqtlE/O1r0fa-N4mJSf-TjA6CuVQ/view#25

 

Por: Lusa