O Portimonense voltou a garantir a permanência na I Liga portuguesa de futebol, na quarta época de Paulo Sérgio como treinador, repetindo um lugar na metade inferior da tabela após um bom arranque que não teve continuidade.

A equipa algarvia, que assegurou a sétima presença consecutiva no escalão principal, terminou no 15.º lugar, com 34 pontos, praticamente na mesma bitola das prestações nas duas últimas temporadas (14.º em 2021/22, com 35 pontos, e 13.º em 2022/23, com 38), depois de em 2021 ter sido salva da despromoção na ‘secretaria’.

Tal como na época anterior, o Portimonense teve uma entrada forte no campeonato, com o seu melhor ciclo: quatro vitórias entre a segunda e a quinta jornadas, fase que concluiu no quarto lugar da tabela, com 12 pontos.

Com uma vitória em Chaves à sétima jornada, no final de setembro, os algarvios asseguraram uma ‘almofada’ pontual determinante para suportar um período negativo de 11 rondas, com interrupção do Mundial2022 pelo meio, em que só somaram uma vitória e dois empates.

A queda do Portimonense na classificação (12.º lugar no arranque da segunda volta) foi ‘amortizada’ por duas vitórias caseiras em fevereiro, a que se seguiu uma série de cinco derrotas consecutivas, a pior da temporada, da 22.ª à 26.ª jornadas, caindo para o 14.º posto.

O perigo da despromoção foi afastado em definitivo em abril, com dois triunfos seguidos, frente ao Estoril Praia e ao Gil Vicente, e a manutenção matematicamente assegurada à 31.ª jornada, com um empate diante do Casa Pia.

O Portimonense manifestou quase sempre crença até ao apito final, característica confirmada pelo facto de 13 dos seus 25 tentos terem sido marcados a partir dos 75 minutos.

Paulo Sérgio, o treinador que, depois de Sérgio Conceição (FC Porto), há mais tempo orienta a mesma equipa na I Liga, voltou a confrontar-se com o impacto de um plantel alvo de constantes mexidas, utilizando 35 jogadores no campeonato.

Destacaram-se Welinton Júnior, o melhor marcador (seis golos) pela segunda temporada consecutiva, Nakamura, que substituiu Samuel Portugal na baliza e registou excelentes exibições, e os centrais Pedrão e Filipe Relvas.

O experiente médio brasileiro Maurício foi o reforço de inverno mais decisivo e garantiu seis pontos, marcando em duas vitórias pela margem mínima (ambas 1-0), enquanto o dianteiro hondurenho Bryan Róchez, contratado no arranque da temporada após boas temporadas no Nacional, desiludiu, assinando apenas um golo em 20 jogos.

 

Por: Lusa