O britânico, de 29 anos, assumiu a liderança do evento português pontuável para o Circuito Europeu logo na primeira volta e não mais largou, apesar de ter contado com a companhia de Gavin Green ao final de 36 buracos. Na terceira ronda, Smith descolou do malaio e na derradeira corrida pelo título confirmou a superioridade, sagrando-se campeão com três ‘shots’ de vantagem.
Jordan Smith, que antes da prova ocupava o 14.º lugar no ‘ranking’ do DP World Tour, registou ontem seis ‘birdies’ (uma abaixo) nos buracos 4, 9, 10, 12, 15 e 17 e um ‘eagle’ (duas abaixo) para completar o percurso com 63 pancadas (-8) e um total de 254, superando assim em sete ‘shots’ a anterior melhor marca, pertença de Andy Sullivan, em 2015, e Padraig Harrington, em 2016, quando o traçado já era Par 71.
“É ótimo. Estou um bocadinho sem palavras, para ser sincero. Foi uma semana muito boa, diverti-me imenso. Adoro jogar aqui, penso que toda a gente gosta. Estou muito satisfeito com esta semana. Não sabia [do recorde], mas tinha uma ideia que seria. Claro que estabelecer qualquer recorde é sempre bom”, confessou o campeão inglês, que bateu ainda o recorde do sul-africano Ernie Els, com 29 abaixo do Par, no Johnnie Wlaker Classic em 2003.
Graças ao triunfo na 16.ª edição do Portugal Masters, Jordan Smith, oitavo britânico a vencer no percurso algarvio, conquistou o segundo título da carreira no Circuito Europeu, depois da vitória no European Open em 2017, e sucedeu ao belga Thomas Pieters na lista de campeões, devendo ainda ascender ao nono lugar no ‘ranking’.
Gavin Green ainda deu luta até à reta final, mas não foi capaz de acompanhar o ritmo elevado de Smith, sobretudo depois de fazer um ‘bogey’ no buraco 14, a beliscar os seis ‘birdies’ (2, 4, 5, 9, 13 e 18) e um ‘eagle’ (17), acabando assim como vice-campeão, à frente do finlandês Tapio Pulkkanen, terceiro classificado com 262 pancadas (-22).
Entre os portugueses, Ricardo Santos foi quem terminou melhor, ao entregar um quarto cartão consecutivo com 69 ‘shots’ para um agregado de 276, oito abaixo do Par, e partilhar o 59.º lugar com o inglês Andy Sullivan.
“Saio bastante satisfeito e tiro coisas positivas: joguei as quatro voltas na casa das 60 pancadas, a minha atitude perante a adversidade nos ‘greens’ e a forma como joguei do ‘tee’ ao ‘green’. Irei treinar o ‘putt’ constantemente para melhorar. Foi uma semana positiva, muito aquém do que gostaria, mas de qualquer forma positiva, com muitos aspetos positivos a retirar”, sublinhou o profissional algarvio, que segue agora para a Escola de Qualificação para tentar recuperar o cartão para a próxima temporada no DP World Tour.
Já Tomás Bessa despediu-se do 16.º Portugal Masters, dotado de dois milhões de euros em prémios monetários, isolado na 70.ª posição, após contabilizar 281 ‘shots’ (67+71+69+74), três abaixo.
“Foi o pior dos quatro dias, o dia em que joguei pior. Os primeiros nove buracos nem correram mal, joguei bastante sólido, mas nos segundos nove andei um bocadinho atrás do resultado”, comentou o profissional de Paredes, fazendo, ainda assim, um “balanço positivo” da participação no Portugal Masters, apesar de saber que “poderia fazer muito melhor.”