Os créditos hipotecários complementares ao crédito habitação – eram habituais nos contratos mais antigos, anteriores a 2018, conhecidos como “crédito para obras” – estão a ser excluídos do acesso às medidas de apoio do Governo, anunciadas para garantir maior estabilidade no pagamento das prestações.
Segundo o Jornal Económico, muitos destes créditos hipotecários complementares mais antigos não foram classificados como “créditos para obras”, mas sim como “créditos multiusos” ou “crédito para outras finalidades” e isso pode deixar de fora um universo maior de potenciais beneficiários, por causa da taxa de esforço ignorada por este tipo de empréstimo.
Isto é, esta componente pode colocar entraves ao acesso à bonificação temporária dos juros, pois a taxa de esforço baixa consideravelmente se esse crédito for ignorado – ou seja, os clientes deixam de cumprir o requisito de terem uma taxa de esforço igual ou superior a 35%.
O mesmo acontece para as outras medidas do Governo, nomeadamente a fixação temporária das prestações da casa durante dois anos.
Recorde-se que antes da entrada em vigor das medidas macroprudenciais do Banco de Portugal (BdP), a 1 de julho de 2018, a era prática da banca conceder este tipo de créditos hipotecários complementares, que muitas vezes serviam para financiar a entrada da compra da casa.
Por: Idealista