A regata resulta de uma oficina desenvolvida no âmbito do projeto, que visa refletir sobre a subida das águas do mar como consequência do aquecimento global e que cruza várias áreas e disciplinas, explicam os organizadores do evento em comunicado.
O mar, é sublinhado na nota, é “lugar de circulação, marcado por rotas comerciais e frotas invasoras, linhas de fuga e refúgios para todo o tipo de desertores”.
“A água que sobe vem reclamar esse papel”, acrescenta a organização.
O resultado final do Waterworld, que tem vindo a ser desenvolvido desde o início de 2023, será apresentado no Convento de Santo António e nas minas de sal-gema, em Loulé (também no distrito de Faro), em novembro.
O projeto envolve a criação de objetos, textos ficcionais, peças audiovisuais e microeventos com a comunidade, num processo que será condensado enquanto instalação audiovisual e plataforma ‘online’.
O Waterworld é financiado pela Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Loulé, e tem parcerias com o Centro de Ciência Viva do Algarve, o DeVIR CAPA – Centro de Artes Performativas do Algarve, a associação cultural e artística Oficinas do Convento e o projeto cultural 23 Milhas, enquanto a produção é da cooperativa efabula.
A Culatra pertence ao conjunto de ilhas chamadas barreira que delimitam e protegem a ria Formosa do oceano.
A ilha tem três núcleos populacionais, sendo um deles o da Culatra, caracterizado por ser habitado permanentemente por mais de 500 pessoas que vivem da pesca.
Por: Lusa