Revolução está associada a mudança rápida, por vezes violenta e pode ocorrer no âmbito político, económico, social, científico…
Resumidamente, determinados elementos, por ação externa, podem mudar de qualidade de forma inesperada… apesar de os ingredientes estarem lá á vista de todos… revolução que fosse expectada nunca teria acontecido…
Deste modo muitos progressos científicos foram obtidos, como a penicilina, tal como assim foi descoberta a América…
A Independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução Francesa (1789) foram, sem dúvida, as revoluções que mais influenciaram a nossa atual maneira de viver. O “Grito do Ipiranga” (1822), foi importante não só para o Brasil, mas também pelas repercussões que teve noutras revoluções que se seguiram em Portugal entre 1823 e 1851.
O século XX foi pródigo em revoluções – a Mexicana (1910-20), a Russa (1917), a Cubana (1959), a Chinesa (1966-76), as Portuguesas (1974-75), o fim do “Apartheid” (1994), a queda do Muro de Berlim (1989) …
Já estávamos desabituados de revoluções, quando após 50 anos da “Revolução dos Cravos”, obviamente de surpresa, cai o Governo Português, com maioria absoluta… pouco depois o mesmo acontece na Ilha da Madeira, pelas mesmas causas… O nepotismo herdado do Estado Novo foi multiplicado e refinado por partidos, associações, fundações, observatórios… não intervenientes (a maior parte nem existentes) antes de 1974.
A causa próxima desta atual revolução não foi o exército, o povo ou outras forças políticas, mas… surpreendentemente – o Ministério Público, ou seja, a Justiça… os indícios de corrupção tornaram-se demasiado óbvios e habituais entre quem nos devia governar em vez de se governar…
Curiosamente, neste País a Justiça não está de todo bem-vista, tal como não estava o exército antes de 1974. A Justiça é mesmo apontada, pela sua morosidade, como o maior obstáculo ao desenvolvimento da economia…
Esperemos que as consequências desta Revolução (2024) sejam tão benéficas e duradouras como as de 1974 (fig.- 25 de Abril).
