Com a família toda (ou quase toda) em casa, é natural que as despesas com a água, energia e outras aumentem, alerta a Deco.

Trabalhar em casa, ou teletrabalhar, faz parte do dia a dia de muitos portugueses, que a isso ficaram “obrigados” por causa da pandemia do novo coronavírus. O outro lado da moeda é que os gastos domésticos disparam, bem como os de alimentação. Mas há formas de minimizar estes gastos e de evitar que as faturas subam em flecha. Contamos-te tudo no Deco Alerta de hoje.

Trata-se de uma rubrica semanal destinada a todos os consumidores em Portugal que é assegurada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor para o idealista/news. Envia a tua questão para a Deco, por email para decolx@deco.pt ou por telefone para 00 351 21 371 02 20.

Nesta situação tão crítica no nosso país e no mundo, informamos os consumidores sobre formas de poupar nos serviços públicos essenciais. Estando toda a família em casa é natural que os gastos com a energia aumentem. E estes gastos domésticos terão, certamente, reflexo imediato na vida de todos nós.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) publicou medidas excecionais para evitar cortes no abastecimento dos serviços públicos essenciais de eletricidade, gás natural e gases de petróleo liquefeito (GPL) canalizados. O prazo de pré-aviso para a interrupção de fornecimento para os clientes domésticos foi alargado por 30 dias, além dos 20 dias já existentes. Quem usufruir deste período alargado tem ainda direito ao pagamento fracionado das dívidas que surjam durante esse tempo, sendo que o prazo pode ser aumentado, se a ERSE considerar necessário. 

Apesar de estas medidas serem de grande valor, sem a participação ativa da família não serão suficientes para aliviar a fatura, especialmente para quem tem tarifa bi-horária. 

A tarifa horária implica diferentes tarifas consoante se gasta eletricidade nas horas de vazio (com custo mais baixo) ou nas horas fora de vazio (de custo mais elevado). Mas estando a família permanentemente em casa, será difícil manter os gastos de energia normais nas horas de vazio. Portanto, a família irá gastar mais eletricidade diariamente, o que resultará num aumento significativo da fatura mensal.

Para não penalizar quase um milhão de famílias que aderiram à tarifa bi-horária, propomos que, durante este período de crise, se estabeleça a possibilidade de estes consumidores pagarem como se tivessem a tarifa simples.

Mesmo os consumidores com tarifa simples irão sentir o aumento na fatura. Uma família tradicional (4 pessoas) com uma potência contratada de 3,45 kVA e um consumo anual de 1900 kW, pagará mais cerca de 6 euros mensais, com um aumento de 20% do consumo.

Quanto ao consumo de gás, natural ou de botija, verificar-se-á também aumentos, até porque, por exemplo, haverá mais refeições a serem feitas em casa e um maior número de banhos. Uma solução para aliviar o orçamento, passa por esticar o limite do primeiro escalão até aos 500 m3 por ano, atingindo o segundo escalão: uma medida que ajudaria mais de 90% das famílias.

No caso do gás de botija uma família que precise de uma garrafa de butano por mês necessitará comprar uma segunda, antes do final do mês, ou seja, terá -se uma despesa adicional de 5 euros mensais.

Recomendamos desde já que faças a comunicação das leituras do contador, por telefone ou outros meios digitais disponíveis. Deste modo, não só se evita a deslocação do técnico à habitação como o cálculo por estimativa. 

Informa-te dos teus direitos e conta com o nosso apoio. Estamos juntos!

 

Por: Idealista