É composta por 60 membros de todos os quadrantes políticos, sociais e empresariais, reúne de dois em dois meses exclusivamente no concelho de Olhão. Pretende-se que a sociedade civil olhanense debata temas de interesse nacional, regional e local. O 2.º Encontro da Tertúlia Olhanense que ocorreu a 31 de janeiro foi um sucesso pois contou com mais 50% de participantes que o 1.º evento. A Tertúlia está a afirmar-se na sociedade civil olhanense como um espaço necessário, livre e de saudável discussão. A intervenção desassombrada do Dr. Paulo Morais colocando o dedo na ferida na autêntica chaga social que é a corrupção no nosso País, deixou alguns dos presentes incrédulos como é possível este grau de corrupção num País tão pequeno como o nosso. Recordo algumas das suas afirmações: Portugal encontra-se no 30.º lugar dos países mais corruptos. A corrupção é sistémica e está entranhada nos próprios agentes do Estado. A maior corrupção parte do Estado Central e das Autarquias. Vejam-se os casos na Banca e na Ponte Vasco da Gama. O urbanismo e o planeamento nas autarquias proporciona grandes esquemas de corrupção onde os interesses privados se sobrepõem aos interesses públicos. Temos de ter uma justiça mais célere e a atuar sem piedade contra os crime económico. Por último, tem de terminar a promiscuidade entre os grandes escritórios de advogados que fazem as leis e depois elaboram pareceres que custam milhões a esclarecer os pareceres que eles próprios elaboraram com a agravante destes advogados litigarem contra o Estado em nome dos privados usando as leis que elaboraram.
Por: Tertúlia Olhanense
