DGAV e EFSA unem-se para sensibilizar os viajantes para os perigos de trazerem plantas das suas viagens
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em colaboração com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), promove a campanha #PlantHealth4Life que visa sensibilizar os viajantes para os perigos de trazerem plantas das suas viagens provenientes de países terceiros. 
Se vai viajar para fora da União Europeia (UE), saiba que enquanto prepara as malas para regressar a casa, não deve incluir nas suas “lembranças” plantas, sementes, flores, frutos ou legumes.  
 
Um viajante curioso que gosta de explorar o mundo e a natureza pode ter vontade de levar plantas para casa. No entanto, o resultado é que a mais pequena semente, planta ou fruto, aparentemente inocente, pode ter pragas ou doenças, que representam sérios riscos para a saúde das plantas e para os ambientes agrícolas e naturais da União Europeia (UE).  
 
Entre os riscos incluem-se: 
Pragas invasoras: espécies de insetos, fungos, bactérias e vírus que podem devastar culturas agrícolas e plantas ornamentais. 
Doenças desconhecidas: microrganismos patógenos que não existem na UE e para os quais as plantas locais não têm resistência. 
Impacto ambiental: Destruição de ecossistemas naturais e perda de biodiversidade. 
Consequências económicas: Aumento dos custos de controlo fitossanitário, perdas de alimentos e necessidade de investimento para recuperação das áreas afetadas. 
 
Paula Cruz Garcia, Subdiretora Geral da DGAV, afirma que “caso se apaixone por uma planta exótica durante as suas viagens, tire uma fotografia, mas não a traga, ou qualquer das suas partes, sejam sementes, flores, frutos ou folhagens, para casa. Nunca sabemos se estamos a dar uma boleia grátis às pragas”. 
 
A prevenção do risco é melhor que a gestão das pragas 
Tomar medidas para evitar pragas das plantas é uma abordagem mais eficiente do que gerir os surtos de doenças que podem vir a afetar diversas espécies vegetais. Alguns desastres associados à saúde das plantas são irreversíveis. Como o caso da Xylella fastidiosa, um agente patogénico que tem conduzido à morte de milhões de oliveiras, algumas milenares. Ao priorizarmos as medidas de prevenção, podemos ajudar a garantir que estes tipos de pragas destrutivas permanecem fora da UE. 
 
“Se vai de férias certifique-se de que verifica os requisitos para viajar com plantas ou produtos vegetais no seu destino. Se todos viajarmos de forma responsável e estivermos atentos às orientações relacionadas com a saúde das plantas, podemos contribuir para salvaguardar a nossa segurança alimentar e proteger o ambiente”, acrescenta. 
 
Para impedir a disseminação de pragas nocivas, existem atualmente rigorosas regras de importação e certificações, como o Certificado Fitossanitário, que tem de acompanhar as plantas e a maioria dos produtos vegetais que entram na UE ou o Passaporte Fitossanitário, que deve acompanhar todas as plantas comercializadas na UE. 
 
 
Por: Atrevia