Vítor Neto, Presidente da Direção do NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, manifesta a sua surpresa e desacordo perante a autorização para o primeiro furo no quadro da prospeção e exploração de hidrocarbonetos ao largo de Aljezur.

Em relação ao anúncio do Senhor Primeiro-Ministro na Assembleia da República, no passado dia 27, de autorização para o primeiro furo no quadro da prospeção e exploração de hidrocarbonetos ao largo de Aljezur, o Presidente da Direção do NERA:

 

1. Manifesta a sua total surpresa e total desacordo com tal anúncio, depois das posições recentes em que as entidades oficiais apontavam para a suspensão e anulação desses planos no Algarve e que criaram a expectativa de encerramento do processo.

2. Reitera a sua disposição para continuar a opor-se com determinação contra este e qualquer outro projeto de prospeção e exploração de hidrocarbonetos no Algarve, em terra ou no mar, em conjunto com as outras Associações Empresariais, os Municípios, movimentos cívicos e todas as entidades que se têm manifestado no mesmo sentido.

3. Reafirma a sua convicção de que a prospeção (e exploração) de hidrocarbonetos na Região do Algarve põe objetivamente em causa uma atividade económica de interesse não só regional como nacional - o Turismo.

4. Considera que os responsáveis políticos não podem ignorar que as receitas externas geradas pelo Turismo constituem o principal setor exportador de Bens e Serviços do país (17% do total nacional – cerca de 12.500 milhões de euros), e que o Algarve contribui para cerca de 50% desse valor. Sem ele não haveria saldo positivo da Balança Comercial de Bens e Serviços de Portugal.

Os dados já conhecidos (INE), apontam para que o Algarve, em termos de turistas estrangeiros, tenha sido em 2016, a região do país que mais cresceu, em termos relativos e absolutos.

5. Os cidadãos do Algarve estão conscientes da importância vital desta questão para o futuro da Região.

Não desistirão da luta.

 

Por: Nera