No âmbito programa cultural «Verão em Tavira», decorre, de 02 a 15 de julho, a 13ª. edição do Festival Internacional de Teatro e Artes na Rua – “Cenas na Rua”, o qual conta com muitas novidades e alguns dos melhores grupos e projetos portugueses e internacionais.

Espetáculos intimistas e visuais com interação com o público a não perder nas praças e largos da cidade.

Tome nota da programação deste ano:

“OOPART: história de um contratempo”, Tresperté Circo Teatri (ES)

02 de julho, 22h00

Praça da República

Público: geral

Música clássica | clown

Duração: 50 min.

A multidão espera ansiosamente o que sairá daquele estranho objeto diante dos olhos. Nada é o que parece nesta aventura através do tempo. Uma peculiar tripulação recentemente chegada à terra de uma viagem pelo tempo oferece-nos a grande oportunidade de viajar por um preço módico. Aproveitam para fazer publicidade, através dos seus surpreendentes números circenses. Mas, hoje, não será um dia qualquer para rotinas de vendedores ambulantes. Às vezes manipular o tempo tem as suas consequências…

“Rio Boom Boom”, Ugo Sanchez Jr (IT)

03 de julho, 22h00

Praça da República

Público: geral

Clown

Duração: 35 min.            

Um palhaço e uma mala podiam ser suficientes para construir uma comédia. Mas, faz falta um ingrediente importante, um companheiro - surpresa, um assistente com tanto de inesperado como de diligente e atento.

“Mythos”, Teatro Extremo (PT)

04 de julho, 22h00

Pátio do Palácio da Galeria

Público: geral

Teatro

Duração: 55 min.

Uma conferência sobre a mitologia é o ponto de partida que levará os personagens a fazer uma "viagem" em tom de comédia, na busca da curiosidade e da imaginação universal, glosando mitos universais e urbanos para expor a condição humana nas sociedades contemporâneas.

 “Vincles”, Circ Bover (ES)           

05 de julho, 22h00

Praça da República        

Público: geral

Novo circo

Duração: 55min.                      

O Circ Bover para celebrar a primeira década como companhia criou este espetáculo de circo contemporâneo.

A partir de simples canas de bambu consegue transmitir a elegância e técnica das artes circenses, através de uma montagem totalmente diferente.

Os elementos cénicos transformam-se com as emoções surgindo diferentes números de circo. É-nos mostrado como partindo do essencial, de elementos simples, se pode chegar à sofisticação artística e técnica.

 “Clásicos Excéntricos”, Lapso Producciones (ES)             

06 de julho, 22h00

Praça da República

Público: geral   

Música clássica | clown

Duração: 50 min.

Um desconcerto de gala, divertidamente sério, apresenta um repertório clássico escolhido a partir das mais seletas partituras, as quais contribuem para um espetáculo de clowns que aproxima a música clássica de todo o tipo de públicos.

“Rudo”, Cia Manolo Alcantara (ES)

07 de julho, 22h00

Parque do Palácio da Galeria

Público: geral

Música | teatro | marionetas

Duração: 60 min.

“Rudo” aborda a rudeza, o esforço físico e os desafios pessoais levados ao extremo. Neste espetáculo um homem cria torres e figuras com pesadas caixas de madeira. A fragilidade das construções serve para realizar precários equilíbrios, fruto do desejo e da ilusão.

A música ao vivo, com violino e violoncelo, fazem contraponto ao esforço da personagem.

Em “Rudo” o espetador fica preso num espaço íntimo, prestes a cair, como protagonista dos seus equilíbrios.

Esta proximidade fomenta a partilha de perigos e anseios íntimos, o precário, o arriscado e o terno.

“Porque lloras Marie?”, Marie de Jongh (ES)

08 de julho, 22h00

Largo do Palácio da Galeria

Público: geral

Teatro | marionetas

Duração: 45 min.

 

O espetáculo combina trabalho gestual com a manipulação de marionetas. A obra, interpretada por dois atores, fala sobre a relação entre o dono de um infantário e a sua empregada com uma menina que têm de cuidar.

A menina, Marie, é perita em criar problemas aos seus cuidadores e interfere constantemente com as outras crianças. Ambos utilizam táticas para controlar a menina desobediente até que descobrem que necessita apenas de carinho.

“Leôncio e Lena” de Georg Büchner (PT)

(vencedor do primeiro convite à criação Rede Azul)

09 de julho, 22h00

Pátio do Palácio da Galeria

Público: maiores de 12 anos

Duração: 90 min.

Dois reinos dividem o Algarve, os pequenos reinos do Barlavento e Sotavento. Leôncio e Lena são príncipes destes distintos reinos. Por vontade real, os destinos cruzar-se-ão por via do matrimónio. Ambos fogem para Lisboa. Sem se conhecerem apaixonam-se e casam...

O texto de Georg Büchner serve de base a esta peça. João de Brito aproveitou o romantismo e poética das palavras para trabalhar questões como o metateatro, a dissonância, a música, o vídeo e a desconstrução.

Partindo desta base dramatúrgica, o encenador analisa identidades e especificidades da história e cultura algarvias, os inevitáveis contrastes, criando uma peça original, questionadora e cativante.

“As aventuras do Capitão Fogaça”, Ao Luar Teatro (PT)

10 de julho, 22h00

Largo frente ao Palácio da Galeria

Público: Geral

Commedia dell’arte

Duração: 50 min.

Chegado a um território fronteiriço Capitão Fogaça, cavaleiro andante e romântico solitário, pronto a inscrever nas mais douradas páginas dos grandes feitos em prol da paz, desenvolve um plano ardiloso com o propósito de evitar a violência e o derramamento de sangue entre duas comunidades ancestralmente rivais.

Espetáculo repleto de comédia, mal entendidos, romance e aventura, num estilo assumidamente de Commédia Dell’ Arte, a Companhia Ao Luar Teatro apresenta uma produção inspirada na forma clássica, recuperando o espírito tradicional das Companhias de Saltimbancos que muito têm marcado a história do teatro, desde o século XVI.

Um texto original de Rui Penas, as máscaras são da autoria do Mestre António Fava e a direção musical de Ana Figueiras.

“Poesia Pessoana”, Armação do Artista (PT)

11 de julho, 22h00

Castelo de Tavira

Público: geral

Teatro | poesia

Duração: cerca de 40 min.

Espetáculo do grupo de teatro tavirense sobre a obra poética de Fernando Pessoa, figura central da literatura portuguesa do seculo XX.

“Mulier”, Cia. Maduxia (ES)

12 de julho, 22h00

Praça da República

Público: geral

Dança | poesia visual

Duração: 40 min.

Mulïer é um espetáculo de dança sobre andas interpretado por cinco bailarinas. Este nasce da necessidade de explorar a identidade feminina, através do jogo corporal, da poética visual e da narração para chegar ao espetador.

Espetáculo-homenagem às mulheres que, durante séculos, lutaram e continuam a lutar contra a opressão para manter vivo o seu “eu selvagem” que reclama o direito a dançar e correr livremente pelas ruas e praças da nossa sociedade.

“Exploradores da Serra”, Teatro Regional Serra Montemuro (PT)

13 de julho, 22h00

Largo frente ao Palácio da Galeria

Público: geral

Teatro de rua

Duração: 55 min.

A serra do Montemuro é conhecida, desde longa data, pela riqueza das suas gentes e das suas histórias, dos seus terrenos em volta: turfeiras abundantes, ouro, hoje quase exausto, após a exploração romana, e mais recentemente o vento,… Serão estes e outros motivos que atraem o interesse de forasteiros para explorarem riquezas, ainda ocultas no seio do povo. De repente, este povo é confrontado com promessas que ultrapassam os seus horizontes. “O El Dourado” dizem, mas existem aquelas palavras sábias “quando a esmola é grande o santo desconfia. Não auguro bons tempos para a serra, não!...”.

“Mira! Mira! Miró, Mirando!”, Teatro Art’Imagem (PT)               

14 de julho, 22h00

Largo frente ao Palácio da Galeria

Público: geral

Teatro de rua

Duração: 20 min.            

Um espetáculo sem palavras, inspirado na obra do pintor catalão Joan Miró que explora as personagens e figuras abstratas, num mundo pitórico e mágico, mas repleto de imaginação. Um projeto de teatro de rua contemporâneo que dialoga com o espaço, no qual a fisicalidade dos atores e da música comanda a ação. Uma atmosfera performativa de envolvimento com o público, os jogos dramáticos e a construção de objetos.

 “Descobridores”, Teatro e Marionetas de Mandrágora (PT)     

15 de  julho, 10h00 e 11h30

Cineteatro António Pinheiro

Público: Infantil

Teatro de marionetas

Duração: 45 min.            

Coprodução artemrede - teatros associados

Chegam pelo mar os descobridores. Recebidos pela mãe-ilha viajam pelo embalar dos abraços. Em cada terra nasce um menino, em cada terra nasce uma mãe. Em Portugal o gato brinca, no Brasil os pássaros voam e a mãe é grande, em África a mãe é chão e é terra, na Índia as mãos e os pés da mãe brilham e agitam-se de sons, em Timor a terra é um lugar imaginário que nos leva a jogar, na China os dragões saltam e a mãe tem mãos que dançam, tocam e embalam. Um espetáculo que é terra de cores, cheiros e sons, a descobrir com os pais e aqueles que embalam.

 

Por: CM Tavira