O principal título português de pilotos é apenas uma das sete decisões reservadas para a prova algarvia, a nona e última do calendário do Campeonato Nacional.
A prova tem este ano o aliciante extra de ser a final do European Rally Trophy (ERT), competição com a chancela da Federação Internacional do Automóvel (FIA), que congrega oito competições regionais europeias (Alpino, Balcãs, Báltico, Benelux, Celta, Central e Ibérico) e em que os três melhores classificados de cada região são selecionados para disputar numa final o título de vencedor.
Ao título do ERT há vários candidatos, entre os quais o português Pedro Meireles (Skoda Fabia R5), além dos checos Ondrej Bisaha (Ford Fiesta R5), Antonin Tlustak e Vojtech Stajf e ainda os turcos Orhan Avcioglu e Yagiz Avci, todos ao volante de Skoda Fabia R5.
Mas é com o foco em voltar a conquistar um título que já venceu em 2014 que o piloto de Guimarães, líder do campeonato nacional, se apresenta à partida para este Rali do Algarve, prova que vai para a estrada na sexta-feira e que vai terminar no final da tarde de sábado.
Pedro Meireles tem em Carlos Vieira (Citroen DS3 R5) o único adversário nas contas do campeonato e uma vantagem de 8,34 pontos para gerir.
O ex-campeão, que procura suceder a José Pedro Fontes, impedido de lutar pelo `tri´ depois do grave acidente sofrido no Rali de Portugal, sabe que terminar o rali na frente do seu adversário garante o título e, mesmo que termine atrás de Carlos Vieira, poderá também ser suficiente.
A vitória no rali vale 25 pontos, o segundo lugar 20, o terceiro 17, a quarta posição 14 pontos e depois em pontuação par decrescente até ao 10.º classificado. Há ainda a questão das bonificações pela vitória nas especiais que poderão ter alguma influência nas contas finais, mas os 8,34 pontos de diferença entre os dois candidatos dão alguma margem de conforto a Pedro Meireles, que poderá gerir o ritmo de prova, enquanto Carlos Vieira está praticamente obrigado a andar `a fundo´.
O Rali do Algarve passa pelos concelhos de Portimão, Monchique e Lagos e tem um total de 155 quilómetros cronometrados em 13 especiais de classificação disputadas em piso de asfalto.
Na sexta-feira, disputam-se cinco especiais com duplas passagens nos troços de Marmelete (7,15 km) e Serenada (9,95), com o dia a terminar em Lagos com uma super especial noturna (2,35 km).
O rali completa-se no sábado com mais oito especiais, com duplas passagens, na secção da manhã, por Monchique (18,27 km) e Chilrão (11,63 km) e de tarde com os pilotos s percorrerem por duas vezes os troços de Nave Redonda (18,68 km) e Fóia (11,03 km).
Por: Lusa
