O Primeiro-Ministro, António Costa, escolheu o interior do Concelho de Loulé para o arranque do périplo de vários membros do Governo pelo País para ver de perto as ações de limpeza de terrenos, num gesto simbólico de sensibilização para medidas preventivas para o risco de incêndios florestais.

Foi no Sítio dos Vermelhos, freguesia do Ameixial, que, no passado sábado, António Costa - acompanhado pelo Ministro da Agricultura, Capoula Santos, pelo Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, entre outros elementos do seu staff, bem como pelo executivo municipal, - teve a oportunidade de observar o trabalho que está a ser levado a cabo.

Ao todo no país encontram-se no terreno 1100 militares, apoiados por 140 viaturas, e ainda 300 fuzileiros da Marinha, para além da associação de caçadores e elementos da Proteção Civil. O objetivo é, por um lado, eliminar a matéria combustível, criando faixas de proteção e, por outro lado, criar vias de acesso para os bombeiros.

Como salientou o líder governamental, “pela primeira vez, em muitos anos, há uma grande consciência nacional da necessidade de proceder a estes trabalhos”. Segundo o Primeiro-Ministro, o Governo está já a aplicar 75% das recomendações técnicas apontadas no primeiro relatório da Comissão Independente aos fogos de outubro de 2017. “Vamos prosseguir a execução tendo em conta os recursos existentes e o calendário adequado”, garantiu António Costa.

Este responsável disse que, com estas visitas aos pontos de limpeza, pretende-se “prestar homenagem ao extraordinário trabalho que tem vindo a ser feito em todo o país pelos proprietários, pelas autarquias, pelas empresas, tendo em vista prevenir nesta fase o risco de incêndio no verão”. Os Vermelhos, uma aldeia isolada que em 2004 foi fustigada pelos incêndios que assolaram a Serra do Caldeirão, é um bom exemplo da importância deste trabalho de limpeza, tendo em vista o “reforço da segurança” das pessoas e bens, como considerou ainda António Costa.

Já o autarca Vítor Aleixo referiu que Loulé tem feito o que compete nesta matéria. “Há um despertar do país e Loulé tem feito o seu papel, esforçando-se o melhor que pode nesta área. Temos um envolvimento, que já vem do passado, com o Exército, que nos tem ajudado na vigilância. As populações sentem-se mais seguras e agradecidas”, considerou.

No âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios, para além deste protocolo celebrado com o Exército Português - Regimento de Engenharia N.º1 para intervenção com maquinaria pesada (Maquina de Rasto e Niveladora) com o objetivo de executar desmatações gerais para faixas de gestão de combustível, beneficiação de caminhos florestais, acessos aos pontos de água, criação de locais estratégicos de estacionamento e circuitos de vigilância, a realizar nas freguesias do Ameixial e de Salir, existe desde 2016 um outro um protocolo com o Exército Português - Regimento de Infantaria Nº 1, no âmbito do patrulhamento e vigilância, que decorre durante o período crítico de incêndio florestal, reforçando, assim, a segurança das populações.

Também através do Programa Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios o apoio financeiro proporcionado às associações e clubes de caçadores do Concelho já permitiu executar ou melhorar 310 quilómetros de caminhos rurais e florestais do Concelho.

A informação junto das populações rurais e a sensibilização da comunidade escolar, com ações como o Programa de Vigilância de Voluntariado Jovem, têm sido vetores de atuação que constituem a Estratégia Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios no âmbito das medidas preventivas a adotar de forma a aumentar a resiliência do Concelho ao flagelo que são os incêndios florestais.  

 

Por: CM Loulé