Desde sempre o PSD/São Brás de Alportel tem vindo a alertar os munícipes que a gestão da Câmara Municipal de São Brás de Alportel que a realidade não é tão brilhante quanto se apresenta pelo seu executivo socialista, acumulando exemplos de práticas e opções questionáveis que colocam em causa o futuro da autarquia e do nosso concelho.

Desde que Vítor Guerreiro tomou posse, ainda no anterior mandato, que a principal estratégia do executivo é a realização de festas e festinhas sem qualquer estratégia coerente para o futuro do concelho e dos São-Brasenses e, pior, mantendo práticas de gestão das mesmas que não são compatíveis com a competência e transparência que tanto apregoa.

Ora vejamos, Vítor Guerreiro e o seu executivo do PS apregoa aos sete ventos que a sua gestão é totalmente transparente, no entanto, o ranking da transparência municipal mostra que, no espaço de um ano, São Brás de Alportel desceu 18 posições, passando do 80º lugar para o atual 98º.

Exemplos desta falta de transparência são facilmente comprovados. Basta, por exemplo, tentar aceder às atas das reuniões de câmara do anterior mandato e é possível verificar que, na sua maioria, não existem. Ora se são precisamente estas atas que descrevem, pormenorizadamente, as decisões do executivo, assim como servem de referência para os munícipes estarem a par das contas e de todos os trabalhos realizados pelo executivo, qual é a transparência que existe ao não disponibilizar as mesmas aos munícipes.

Outro exemplo da má gestão existente é o resultado do recente estudo realizado pela Bloom Consulting, uma consultora independente, que coloca São Brás de Alportel como o concelho do Algarve com menos capacidade de captar investimento, conclusão retirada a partir do número (em termos percentuais) de novas empresas criadas no concelho. Mas o mesmo estudo chega também à conclusão que São Brás de Alportel é o concelho do Algarve com menos capacidade para captar turistas, conclusão retirada da análise das baixas taxas de ocupação hoteleira no nosso concelho.

Por fim, o concelho de São Brás de Alportel surge em penúltimo lugar no que diz respeito à captação de talento, considerando a taxa de desemprego existente, a criminalidade no concelho, assim como o poder de compra de cada munícipe, relativamente à média nacional. Este conjunto de indicadores permitem compreender que em São Brás de Alportel o clima para novos negócios é desfavorável, o nosso desempenho a nível turístico é lamentável, conjugado com a falta de oportunidades oferecidas a novos residentes, colocam o concelho de São Brás de Alportel na 261ª posição entre 308 municípios tendo descido 81 posições desde 2014, ano em que ocupava a 180ª posição.

Quando se apregoa uma gestão exemplar por parte do executivo socialista, a análise destes dados mostra que a realidade é bastante diferente. Não basta pagar a tempo e horas, essa é a obrigação de qualquer pessoa ou empresa de bem, pagar a quem trabalha, é importante programar, prever e preparar o futuro do concelho, e para isso, para além da exigida transparência (cada vez menor) na atividade camarária, a correta gestão do dinheiro que é de todos os Sambrasenses é uma exigência e uma prioridade.

Face às inúmeras situações de uma gestão que “navega à vista”, recentemente, o PSD/São Brás de Alportel não pode deixar de tomar todas as iniciativas necessárias para esclarecer as contas relativas á Feira da Serra 2017. Foi um completo choque analisar as contas da Feira da Serra 2017 e constatar que houve um prejuízo de mais de 60%, o que equivale a mais de 133.000€ de prejuízo (sem contabilizar despesas indiretas com pessoal camarário, água, eletricidade entre outros).

Este é um evento emblemático do concelho que se tem de dar força e continuidade mas que é necessário tornar sustentável, por isso o PSD/São Brás de Alportel vai exigir o aumento do custo do bilhete para os não residentes. Não é justo que os São-Brasenses estejam a perder dinheiro que podia ser utilizado em investimento no concelho, para realizar uma feira que todos podem usufruir mas que quem realmente paga são os locais.

O PSD/São Brás de Alportel exige ainda que seja apurado para onde foi o valor da receita dos bilhetes da Feira da Serra 2017. Nas contas existentes, relativamente à venda de bilhetes, figura o valor de 60.725€, quando o valor deveria ser de aproximadamente 122.500€, pois foi amplamente noticiado pelo executivo socialista da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, que a Feira da Serra 2017 contou com cerca de 35.000 visitantes. Ora, segundo os números divulgados pela autarquia e considerando o custo por pessoa de 3,5€, 122.500€ deveria ser o valor, aproximado, refletido na receita obtida pela venda de bilhetes.

Face a esta discrepância ficam as dúvidas:

- As contas apresentadas pelo Departamento Financeiro da Câmara Municipal, relativamente ao valor recebido pela venda de bilhetes na Feira da Serra 2017, estão erradas?

- O executivo socialista que lidera a Câmara Municipal de São Brás de Alportel não declarou a totalidade dos valores recebidos com o objetivo de lhes dar outro destino ou será que ofereceu mais de 17000 convites?

O PSD/São Brás de Alportel espera e exige que estas respostas sejam dadas e que a população seja verdadeiramente esclarecida, publicamente, sobre estes factos.


A Comissão Política de Secção do PSD/SBA