“Ao longo de quatro dias esta é uma afirmação grande em termos de identidade local e do Algarve. Passa por recriar e mostrar uma identidade regional e nacional que existe, que é simples e que faz a diferença entre os povos”, destacou Jorge Botelho, presidente da Câmara Municipal de Tavira.
A Dieta Mediterrânica é classificada como Património Cultural e Imaterial da UNESCO desde 2013. Este é o sexto ano que o evento é realizado em Tavira, resultante de uma parceria que teve início há cerca de dez anos e que envolve um trabalho conjunto entre várias entidades algarvias.
“É um projeto estratégico tendo em vista a diferenciação enquanto destino turístico, que começou há quase dez anos, consistente e em que os parceiros insistem na sua consolidação e inovação a cada ano que passa”, salientou João Fernandes, presidente da Região de Turismo do Algarve.
Para Fernando Severino, diretor regional da Agricultura e Pescas do Algarve, “esta mostra é uma pedra basilar para a agricultura, para o património cultural e imaterial da Dieta Mediterrânica”.
O responsável acrescentou que esta edição terá, pela primeira vez, iniciativas “relacionadas com as alterações climáticas no âmbito da estratégia nacional da agricultura biológica”, através de debates e conferências.
Outra das novidades desta edição é a integração do Mercado Municipal de Tavira na programação, com várias iniciativas que envolvem a comunidade local e de preservação do património cultural.
Além das experiências gastronómicas, nas áreas da culinária, do vinho e do azeite, no Mercado da Ribeira, a Feira Mediterrânica conta com 35 restaurantes aderentes. Estão ainda previstos vários debates e exposições, no total haverá expositores em 155 stands, 117 destes agroalimentares e 29 institucionais.
Ao longo de quatro dias estão previstos 40 espetáculos, distribuídos por sete espaços do município, com destaque para o concerto de abertura de António Zambujo, mas também de Carminho, ou os Agir, entre outras manifestações na área do fado e do cante alentejano.
A animação conta ainda com vários grupos etnográficos portugueses, poesia mediterrânica, teatro clássico e de marionetas, e música proveniente de comunidades como Marrocos, Itália, Grécia, Espanha ou França.
Todas as atividades são gratuitas e a organização estima ultrapassar o número de público presente no ano passado que se cifrou nos cerca de 200 mil visitantes.
Por: Lusa