As Federações da Juventude Socialista do Algarve, Baixo Alentejo, Évora, Viseu e Setúbal encaram com profunda preocupação a degradação da qualidade do serviço universal postal e condenam, veemente, a política de encerramento de estações de correios seguida pela Administração da empresa CTT - Correios de Portugal, S.A.

A empresa CTT - Correios de Portugal, S.A. presta um serviço público, concessionado pelo estado, estando por isso vinculada a um conjunto de bases de garantia e pressupostos, que visam garantir a prestação de um serviço universal postal, que não discrimine utilizadores nem limite a acessibilidade das populações a esse serviço, pressupostos esses, que a empresa tem vindo de forma continuada a não cumprir, levado à aplicação de várias multas por parte da entidade reguladora e originado a indignação de populações e de autarcas, que têm assistido ao fecho das estações de correios nos seus territórios.

Foi recentemente conhecida, através de uma comunicação da entidade reguladora, a pretensão da Administração da empresa CTT - Correios de Portugal S.A. de encerrar mais 15 estações de correios, em concelhos que apenas possuem uma única estação. Esta pretensão é tanto mais grave, se considerarmos que caso se efetivem as pretensões da Administração dos CTT, passarão a existir 48 concelhos sem qualquer estação de correios, quando em 2013, antes da privatização da empresa, eram apenas 2.

As Federações da Juventude Socialista do Algarve, Baixo Alentejo, Évora, Viseu e Setúbal consideram que o serviço prestado pelos CTT é um instrumento insubstituível para a coesão social e económica dos territórios e um mecanismo imprescindível nas estratégias de desenvolvimento regional, pelo que consideram esta política de abandono dos territórios e das populações, uma estratégia errada e discriminadora que deve revertida o mais rápido possível, exigindo por isso, à Administração da empresa CTT - Correios de Portugal, S.A., a reversão da sua política de encerramento de estações de correios e a adoção uma estratégia que garanta a existência de pelo menos uma estação de correios em cada concelho, garantindo assim, a todos os cidadãos, a igualdade de acesso ao serviço postal.

As Federações da Juventude Socialista do Algarve, Baixo Alentejo, Évora, Viseu e Setúbal consideram que a privatização dos CTT e a consequente priorização do lucro económico em detrimento da qualidade do serviço prestado às populações foi a causa da degradação da qualidade do serviço postal, pelo que incitam o governo a adotar todas as medidas necessária para a reposição da qualidade do serviço universal postal, inclusive e se necessário, a RENACIONLIZAÇÃO dos CTT.
 

Por: Abel Matinhos