O presidente do partido Aliança disse na passada semana que o aproveitamento do aeroporto de Beja «é uma questão de vontade política», considerando que «só um país muito rico é que se daria ao luxo» de o «desperdiçar.

política», considerando que «só um país muito rico é que se daria ao luxo» de o «desperdiçar».

O Aliança é «um grande defensor do aproveitamento de uma infraestrutura como o aeroporto de Beja», o que «é uma questão de vontade política», disse Pedro Santana Lopes aos jornalistas.

Segundo Santana Lopes, que hoje visitou o aeroporto de Beja, «só um país muito rico é que se daria ao luxo, e mesmo aí seria estupidez, de desperdiçar uma infraestrutura como esta».

«Era bom saber o que pensa cada partido sobre isto. Se calhar, na altura de eleições, vem tudo aqui dizer que é favor de Beja e do aeroporto de Beja, mas tem que ser na legislatura toda e depois, estando no Governo, tomar as decisões», defendeu.

O aeroporto de Beja «é um projeto fabuloso», sublinhou, defendendo que todos os portugueses deviam visitá-lo e «ouvir este silêncio», o que «é uma dor de alma», mas que «em breve será ultrapassada».

Santana Lopes lembrou que «Portugal já investiu dezenas de milhões de euros» no aeroporto de Beja, que «está como está», apesar de ser «importante, não só como infraestrutura aeronáutica», mas também como «instrumento de desenvolvimento» da região.

«Beja, o aeroporto e todas as ligações que aqui estão são essenciais para o desenvolvimento desta região», que, «territorialmente», está próxima de Sevilha, Faro e Lisboa e «tem uma ligação tão especial à Andaluzia, onde estão milhões de pessoas de uma economia [a espanhola] forte, mais forte do que a deste lado da fronteira», referiu.

Santana Lopes frisou que o seu partido não defende o aeroporto de Beja como «substituto do Montijo ou de Alverca, mas como aeroporto em si mesmo, com potencialidade para servir o desenvolvimento económico».

O Aliança defende o aeroporto de Beja "a funcionar como grande centro de movimento de carga" e na área da manutenção de aeronaves, na qual«em Portugal há uma excelência de capacidade instalada muito conhecida e que pode ser libertada do aeroporto de Lisboa e ter mais base aqui [em Beja], é uma questão de vontade política», disse.

O aeroporto de Beja, que resulta do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11 e custou 33 milhões de euros, começou a operar a 13 de abril de 2011, quando se realizou o voo inaugural, mas, desde então, apesar de aberto, tem estado praticamente vazio e sem voos e passageiros na maioria dos dias.

 

Por: Lusa