Com uma economia centrada sobretudo no turismo, o distrito de Faro tem no seu aeroporto internacional a sua principal porta de entrada, onde todos os anos aterram milhões de turistas ou segundos residentes que ali têm casa.

Depois da explosão do turismo, na década de 1970, o Algarve (que compreende um único distrito) foi lentamente abandonando as suas principais atividades económicas - a agricultura e a pesca - para se converter numa região cada vez mais dependente do turismo e setores associados, como o comércio e os serviços.

Estes são os setores que mais pessoas empregam na região, mas a contratação de recursos humanos tem vindo a ser dificultada, por um lado, pela falta de habitação disponível para residência permanente e, por outro, pelos elevados preços do arrendamento.

O crescimento do número de pessoas com estatuto de residente não permanente no Algarve - sobretudo ingleses, franceses e italianos -, e o ‘boom’ do alojamento local são positivos para a economia, mas uma verdadeira dor de cabeça para quem procura casa.

Segundo o portal de análise de dados estatísticos Eyedata, a população residente do círculo eleitoral de Faro era em média, em 2018, de 439.244 habitantes.

Comparativamente a 2011, segundo os dados apurados nos Censos, regista-se uma perda de cerca de 11.000 habitantes.

De acordo com dados do Ministério da Administração Interna, atualmente, após a suspensão do recenseamento eleitoral e enquanto decorre um período de reclamações, há 376.882 eleitores inscritos no distrito, mais 6.117 do que no dia das anteriores legislativas, em 2015.

No entanto, nesse ano, apenas metade dos eleitores inscritos (190.484) votaram para eleger os nove deputados atribuídos ao círculo de Faro, o que representou uma abstenção de 51%, inferior, ainda assim, à abstenção nacional, que foi de 57%.

Há quatro anos, os partidos mais votados na região foram o PS, que obteve quatro mandatos, com 32,7% dos votos, seguido do PSD, que elegeu três deputados, com 31,4% dos votos, e do BE e do PCP, que elegeram um deputado cada, com 14% e 8,6% dos votos, respetivamente.

Segundo dados da mesma plataforma, 31,65% da população com mais de 15 anos tinha pelo menos o ensino secundário em 2011, um número acima do valor total do país, que se cifrava em 30,53%.

A criação da Universidade do Algarve, há 40 anos, foi um fator decisivo na formação de quadros na região e ajudou a reconfigurar o perfil da cidade, ao atrair também muitas pessoas de outras zonas do país, que acabaram por ali se fixar.

Já o poder de compra per capita, segundo dados de 2015, situava-se no distrito de Faro em 95,28 (Portugal=100,22), sendo que o ganho médio mensal de trabalhadores por conta de outrem, em 2016, era de 945,78 euros, quando o valor nacional era de 1.108, 56 euros.

Apesar do problema do desemprego sazonal, já que parte dos hotéis e atividades associadas encerram no inverno, o número de desempregados oficiais no Algarve não é elevado.

O número de desempregados inscritos em 2018 era de 4,76%, enquanto o valor nacional registado era ligeiramente superior, cifrando-se em 5,54%.

 

Por: Lusa