Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose
Doença atinge cerca de 2% a 3% das crianças e jovens em Portugal
 
 
Para assinalar o Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose, que este ano é comemorado a 29 de junho, a campanha 'Josephine explica a Escoliose' alerta para a importância do diagnóstico atempado desta patologia, de forma a evitar a sua progressão.
 
A escoliose é a alteração ortopédica mais comum durante o crescimento de uma criança, manifestando-se mais frequentemente a partir dos 10 anos. Embora atinja cerca de 2 a 3% das crianças e jovens, apenas 1% dos casos necessitam de tratamento, que pode passar pela utilização de um colete de correção ou, em casos mais agudos, uma cirurgia à coluna.
Esta doença, mais frequente no sexo feminino, pode provocar um leve desconforto em casos ligeiros e, em casos mais graves, afetar os órgãos internos devido à diminuição de espaço, o que pode levar a um decréscimo da esperança média de vida. Por isso, é essencial que os pais estejam atentos às costas dos seus filhos, para que, caso detetem alguma anomalia, consigam ter um diagnóstico atempado junto de um especialista.
 
Com a chegada do verão e a maior utilização de roupas que expõem mais as costas, a campanha ‘Josephine explica a escoliose’ aconselha os pais a estarem mais atentos aos sintomas desta patologia. Coluna em forma de C ou de S, um ombro mais alto do que outro e a presença de uma assimetria na cintura ou as costelas são alguns sinais de alerta.
 
Após receber o diagnóstico, é possível começar a pensar em formas de aliviar os efeitos da doença, como, por exemplo, a prática de desporto. O fortalecimento dos músculos da coluna e do abdómen e o baixo impacto na curvatura das costas são algumas das vantagens do exercício físico.
 
De acordo com o Dr. João Lameiras Campagnolo, médico ortopedista no Hospital Dona Estefânia e coordenador da campanha ‘Josephine explica a Escoliose’, “o tratamento adequado e atempado pode trazer efeitos muito positivos para todas as crianças e jovens que sofrem desta patologia. É, por isso, fundamental que os encarregados de educação e professores estejam atentos e consigam identificar os sinais da escoliose, encaminhando os jovens para uma consulta de avaliação o mais rapidamente possível.”
 
 
 
Por: Burson