Foram financiados 854 milhões de euros, um valor inferior ao de julho, quando as novas operações de crédito à habitação voltaram a superar os 900 milhões.

Depois de vários meses a cair, por causa da pandemia da Covid-19, as novas operações de crédito à habitação recuperaram o fôlego a meio do ano, superando novamente a fasquia dos 900 milhões de euros em empréstimos para a compra de casa, em julho. Mas a “silly season” de agosto, apesar das altas temperaturas, voltou a arrefecer esta categoria de financiamento: no oitavo mês do calendário, a banca emprestou 854 milhões de euros às famílias, menos 77 milhões que no mês anterior.

 

 

De acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP) as novas operações de crédito para a compra de casa ficaram abaixo da fasquia dos 900 milhões nos meses de abril, maio e junho, no período mais crítico da pandemia, conseguindo, ainda assim, não sair baixar da marca dos 830 milhões. De recordar, no entanto, que o valor concedido pelos bancos no primeiro trimestre do ano (2.848 milhões de euros) foi bem superior (+21%) ao emprestado nos mesmos três meses de 2019, o que quer dizer que, até março, o crédito à habitação ainda não refletia o impacto da pandemia.

O crédito ao consumo também desceu. Forram concedidos 363 milhões de euros, durante o mês de agosto, um valor que fica igualmente abaixo dos 402 milhões emprestados em julho. Já nos empréstimos às famílias com outros fins, o valor concedido foi de 152 milhões de euros, neste caso abaixo dos 173 milhões de agosto.

Taxas de juro em mínimos históricos

Na nota divulgada, o regulador adianta ainda que “nas novas operações de empréstimos a particulares para habitação, a taxa de juro média desceu 11 pontos base, para 0,98”, que é, de resto, “um novo mínimo histórico".

Já nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média aumentou para 6,63% e, nos empréstimos para outros fins, aumentou para 3,38%. Em julho, esta taxas tinham sido de 6,54% e 3,19%, respetivamente.

 

Por: Idealista