O Circuito Internacional do Algarve, em Portimão, está referenciado para acolher uma das provas da segunda metade do Campeonato Mundial de Fórmula 1 em 2020, admitiu o diretor desportivo do campeonato, o britânico Ross Brawn.

O Circuito Internacional do Algarve, em Portimão, está referenciado para acolher uma das provas da segunda metade do Campeonato Mundial de Fórmula 1 em 2020, admitiu hoje o diretor desportivo do campeonato, o britânico Ross Brawn.

Em declarações reproduzidas pelo site oficial do campeonato, Brawn revelou que "uma série de circuitos europeus estão a ser avaliados como potenciais palcos de corridas depois das primeiras oito [já conhecidas], incluindo Imola (Itália), Portimão (Portugal) ou Hockenheim (Alemanha), entre outros", lê-se.

"Há um grande número de pistas europeias nas quais podemos fazer mais uma ou duas corridas para termos uma época mais completa", frisou Brawn.

No entanto, o mesmo dirigente admitiu que "é um trabalho ainda em progresso" e que a decisão não será anunciada para já.

"Queremos evitar fazer anúncios e depois voltar atrás. Mas temos de revelar as decisões com tempo suficiente para as pessoas poderem planear as suas vidas", completou.

Até porque há a esperança de que "algumas corridas da segunda metade da temporada possam ter espetadores", pelo que é preciso colocar os bilhetes à venda e tratar da promoção.

Administrador assinala “vontade” da F1 em utilizar autódromo de Portimão

O administrador do Autódromo Internacional do Algarve disse hoje à Lusa que existe “muita vontade das equipas” de Fórmula 1 que Portugal integre o calendário revisto do Mundial de 2020, mas qualquer decisão só acontecerá "em meados de julho".

"Sabemos que há muita vontade das equipas de que Portugal seja escolhido para o calendário e nós temos feito tudo o é necessário", observou Paulo Pinheiro, no dia em que os organizadores do campeonato anunciaram o cancelamento das corridas no Azerbaijão, Singapura e Japão, devido à pandemia de covid-19.

No entender de Paulo Pinheiro, uma corrida em território nacional poderá acontecer "em setembro, outubro ou novembro", mas o que "fará a diferença é a possibilidade, ou não, de haver público nas bancadas".

"Somos a hipótese que todos querem, pela localização, pela pista, pelas instalações grandes que permitem maior distância de segurança, pelo clima, pela hotelaria e pelo reduzido impacto da covid-19", disse Paulo Pinheiro.

O início da competição estava previsto para 15 de março, na Austrália, mas a prova foi cancelada devido à pandemia de covid-19.

Ao todo, já foram canceladas ou adiadas 13 das 22 corridas da temporada, mas os responsáveis do campeonato esperam ter um calendário com 15 a 18 corridas até ao fim deste ano.

A sucessão de cancelamentos pode levar a que a segunda metade da temporada do Mundial de Fórmula 1 venha a realizar-se em circuitos que não integravam o calendário inicial de 2020, como o Autódromo Internacional do Algarve.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 421 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.