De acordo com o relatório anual divulgado pela ERSAR, estas empresas municipais destacam-se no indicador “água não faturada”, apresentando os seguintes resultados: Infraquinta 2,8%, Infralobo 6,7% e Inframoura 7%.
“Esta distinção resulta do trabalho de todos aqueles que, neste território, têm responsabilidades nesta matéria. Os resultados ora divulgados estão em consonância com o foco estratégico que foi definido pela Câmara Municipal de Loulé ao nível da eficiência hídrica e do combate à seca. Naturalmente que nos congratulamos por ver que as três empresas municipais lideram no país este ranking”, afirma o presidente do Município de Loulé, Vítor Aleixo.
No que respeita à água não faturada, nas outras áreas do concelho em que a gestão é assumida pela própria Câmara, os resultados também se têm revelado bastante positivos. Desde 2019, houve um decréscimo desses valores e, em 2023, estima-se que os níveis de água não faturada registados em Loulé estejam já abaixo da média nacional.
No que respeita ainda à melhoria do desempenho do sistema de abastecimento de água, em dois anos consecutivos, reduziram-se os volumes no abastecimento, nomeadamente menos 2% em 2023, em comparação a 2022.
O objetivo agora passa por, até 2025, atingir um valor de água não faturada inferior a 20%.
Nesse sentido, estão em curso medidas para a eficiência hídrica, algumas delas encetadas em 2022, aquando da ativação do Plano de Contingência Municipal para Períodos de Seca de Loulé, como resposta ao agravar da seca na região algarvia.
De entres essas iniciativas contam-se, entre outras, a adoção de sistemas de rega inteligentes e eficientes (instalação de contadores inteligentes), a reconversão de espaços verdes para diminuir as necessidades hídricas, o aproveitamento da água das Bicas Velhas para rega de floreiras e árvores, a instalação de redutores de caudal em instalações desportivas, a contabilização de água utilizada em diversas atividades municipais, a renovação do parque de contadores (10 mil contadores até 2025) ou a instalação total de telemetria em grandes Consumidores e Consumos Próprios até final de 2024.
Para além destas medidas, está ainda previsto o aumento da fiscalização de Ilícitos com a criação de novas zonas de medição e controlo, até 2025, com financiamento já associado de cerca de 550 mil euros.