As mulheres continuam a ter pensões inferiores às dos homens, apesar de serem mais qualificadas e de se reformem cada vez mais tarde. Em 2022, o diferencial era de 43,2%, uma percentagem que se agravou em comparação com 2012 e que se tem mantido próxima destes valores ao longo de toda a última década.
Segundo o Público, que se apoia em dados do Relatório sobre a Sustentabilidade Financeira da Segurança Social – acompanha a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) –, apesar das transformações no mercado de trabalho e da evolução conseguida nos últimos anos, ainda há muito a fazer no que respeita à igualdade de género, nomeadamente quando é chegado o momento de entrar na reforma.
Os números permitem concluir, por exemplo, que em 2012 os homens recebiam, em média, uma pensão de 548,97 euros mensais, mais 42,8% que que a reforma paga às mulheres (314,13 euros). A verdade é que uma década depois, apesar de o valor médio das pensões ter aumentado, o diferencial é maior: em 2022, as reformas das mulheres (381,81 euros) eram 43,2% mais baixas que as dos homens (671,75 euros).
Relativamente às novas pensões, as que começaram a ser pagas em cada ano, a diferença de género tem vindo a diminuir, embora de forma ainda pouco expressiva: passou de 39,2% em 2012 para 38,5% em 2022, depois de ter atingido 49,9% em 2015, escreve a publicação.