O Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) regressa às escolas do concelho para promover ações de sensibilização e prevenção, com vista a implementar um conjunto de rotinas e comportamentos adequados em situação de emergência.

No presente ano letivo, o projeto intitulado “Heróis da Proteção Civil” teve início no mês de janeiro, prevendo-se o envolvimento de aproximadamente 7 mil crianças e jovens, do pré-escolar ao ensino secundário. O projeto que tem sido muito bem acolhido pela comunidade educativa é uma organização do Município de Albufeira, através do SMPC, em parceria com outros agentes, nomeadamente os Bombeiros Voluntários de Albufeira, a Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Silves e Albufeira, Polícia Municipal, ANSA – Associação de Nadadores Salvadores de Albufeira, entre outras entidades. “A Proteção Civil é uma responsabilidade de todos, sendo fundamental sensibilizar crianças e jovens logo a partir dos primeiros anos de escolaridade. Em Albufeira estamos a trabalhar para construirmos um concelho cada vez mais resiliente no que respeita à prevenção dos riscos de acidente grave ou catástrofe”, sublinha o presidente da Câmara Municipal de Albufeira. 

Sob o mote “Heróis da Proteção Civil”, o programa, que abrange aproximadamente 7 mil alunos do pré-escolar ao secundário, foi pensado em função do nível de escolaridade das crianças e jovens do concelho de Albufeira.

Desta feita, a atividade “Heróis da Proteção Civil” destina-se aos alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo (do 1.º ao 3.º ano), enquanto os alunos do 4.º ano do 1.º ciclo participam na atividade “O Primeiro Socorrista”, que lhes permite aprenderem técnicas básicas de primeiros socorros, como realizar uma chamada para o 112, entre outras tarefas de baixa complexidade. No final as crianças são brindadas com um cartão de Primeiro Socorrista e um Kit de Emergência para utilizarem em situação de acidente grave ou catástrofe. Refira-se que o Kit, composto por mochila, lanterna a dínamo, apito e contactos de emergência encontra-se incompleto, com vista a que as crianças o concluam em casa com a ajuda dos pais ou outros familiares. Para o efeito, irão receber duas checklist/lista de verificação – Kit de Emergência e Kit Pet/Animal de Emergência.

Os alunos do 2.º e 3.º ciclo, do 5.º ao 8.º ano, irão trabalhar na atividade “A Importância do Cidadão na Proteção Civil”, a qual tem por objetivo educar para a prevenção e autoproteção, informar os alunos mais jovens sobre as medidas que devem adotar quando ocorrem catástrofes e explicar o papel dos vários agentes de Proteção Civil.

Quanto à atividade “Aprender a Salvar/SBV”, a mesma pretende proporcionar aos alunos do 9.º ano ao 12.º ano competências em Suporte Básico de Vida, com componente teórica e prática, com vista a treinar em sala de aula para saber como agir numa situação real de emergência.

Refira-se que durante todo o mês de março irá realizar-se uma exposição, no hall do 1.º andar dos Paços do Concelho de Albufeira, com os trabalhos realizados em 2023 pelos alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo, no âmbito da presente iniciativa. A exposição designada “Os Riscos da Nossa Cidade”, pode ser visitada durante o horário de expediente do Município (dias de semana, das 9h00 às 17h00).

O presidente da Câmara Municipal de Albufeira sublinha que “este ano o programa apresenta duas novidades: para os alunos do 9.º ao 12.º ano a aposta residiu na transmissão de conhecimentos em SBV – Suporte Básico de Vida, enquanto para os alunos mais pequeninos, dos Jardins de Infância e do 1.º ciclo, optou-se pela entrega de um Kit de Emergência”. José Carlos Rolo é de opinião que “a Proteção Civil é uma responsabilidade de todos, devendo dar-se início à sensibilização nos bancos da escola, desde cedo, para que as crianças mais novas comecem a ter o primeiro contacto com o tema e os alunos mais crescidos adquiram as competências necessárias com vista a saberem atuar numa situação de emergência ou de catástrofe”.

Cláudia Guedelha, vereadora com a responsabilidade do pelouro da Proteção Civil, por sua vez, aproveita para informar que os resultados alcançados com o programa em anos anteriores refletem um salto qualitativo no âmbito da abordagem dos riscos, sobretudo no que respeita à aquisição e desenvolvimento de competências, da participação e da responsabilidade cívica. “As crianças e jovens sentem-se protagonistas relativamente à alteração de comportamentos na sua comunidade, que levam à criação de cultura de prevenção, com impactos significativos na minimização dos riscos, fortalecendo o processo de resiliência do Município no âmbito da Proteção Civil”. A autarca conclui que numa cidade resiliente, o que verdadeiramente interessa, não é tanto saber antecipar o que vai acontecer, mas sim estar preparado para o que eventualmente possa acontecer.