“A Polícia Judiciária, em inquérito tutelado pelo Ministério Público de Santarém, desencadeou, no dia de hoje, uma operação policial de combate ao cibercrime, tendo por base vários casos de fraude perpetrados de forma organizada, com recurso à aplicação MBWay”, pode ler-se em comunicado.
De acordo com PJ, na sequência da operação policial, intitulada “No€Way”, foram detidas seis mulheres e três homens, depois de terem levado “a cabo múltiplas ações criminosas, com impacto em várias vítimas”.
“A estratégia investigatória visou a localização e o agrupamento das várias participações que se encontravam dispersas por várias comarcas do país, por forma a demonstrar a atividade delituosa reiterada e organizada, conjugando e analisando toda a informação de forma a identificar/localizar os agora detidos”, indicaram as autoridades judiciais.
Prevendo que os danos possam aumentar no decorrer da investigação, além dos cerca de 170 mil euros, a PJ adiantou ainda que, na sequência das detenções e nas buscas domiciliárias, foram apreendidos “vários objetos relacionados com a prática criminosa e/ou adquiridos de forma ilícita”.
A operação policial de combate ao cibercrime contou com a ajuda da SIBS, entidade gestora da aplicação MBWay.
Os nove detidos vão ser agora presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação da medida de coação considerada adequada.
A PJ aproveitou para alertar os utilizadores do MBWay para nunca fornecer a ninguém o código de ativação ou 'pin' de acesso da aplicação, nunca adicionar um contacto de telefone estranho à conta bancária, nunca instalar o serviço sob a orientação de estranhos e tomar atenção “redobrada perante a abordagem de estranhos que queiram pagar” através daquele sistema digital.
As autoridades lembraram ainda que o número de telefone dá acesso direto à movimentação da conta e que, se houver dúvidas, as pessoas devem consultar os seus bancos.