“Vamos ter mais atletas federados este ano do que em 2019. Temos de apostar em mais jovens atletas e estamos empenhados nisso” disse a ministra, numa audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos Liberdades e Garantias e Comissão de Orçamento e Finanças, para apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2023.
Este dado foi reforçado pelo secretário de Estado da Juventude e Desporto (SEJD), João Paulo Correia, que também participou na audição e salientou a “recuperação e incremento” do desporto federado em Portugal.
“Estamos a recuperar os números. O país tem 690 mil atletas federados em todas as modalidades e os dados que chegam de muitas federações é que estão a atingir números históricos de atletas federados, como o caso do futebol e atletismo. Isso significa uma recuperação e um incremento no desporto federado”, afirmou.
Na sessão, o Governo destacou também a importância da aposta em jovens atletas, lembrando o investimento efetuado nas Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola e os resultados já conseguidos.
“Os últimos resultados internacionais que o país tem dito por jovens atletas, que em várias modalidades, como natação, judo ou canoagem, têm conseguido no plano europeu e mundial devem-se ao programa Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola”, disse João Paulo Correia.
O SEJD referiu que existiam no país 19 unidades e que hoje em dia já são 23, com alargamento em escolas em Mirandela, Famalicão, Loures e Lagos, que contam com a participação de 850 atletas/alunos, de 41 modalidades.
“Este programa permite a conciliação entre a carreira académica e a carreira desportiva e tem uma taxa de taxa de sucesso escolar de quase 100 por cento”, afirmou, explicando que envolve escolas, encarregados de educação e federações.
João Paulo Correia abordou ainda a revisão do regimento jurídico das sociedades desportivas que está a ser preparada, dando conta de duas medidas que pretendem contribuir para a “valorização do desporto feminino e promoção da igualdade de género”.
“Uma das medidas é que todas as sociedades desportivas terão de ter no mínimo 33 por cento de quota de género, o que vai levar muitas mulheres a lugares de poder. Outra medida é que hoje os clubes só podem ter uma sociedade desportiva por modalidade, é o que está na lei. A nossa proposta é que possam ter mais do que uma sociedade desportiva por modalidade, desde que seja por género. Ou seja, no caso do futebol, os clubes podem criar uma sociedade desportiva para o futebol feminino”, concluiu.