Nem sempre as Ordens Militares são conotadas pela historiografia portuguesa como agentes destacados do projeto ultramarino português. A relação existe efetivamente.
Seja através dos seus agentes humanos, afinal de contas, os dinamizadores de toda e qualquer instituição, seja através de uma ação institucionalizada ao nível político, económico, material ou militar, as Ordens Militares Portuguesas, nomeadamente as de Santiago e Cristo, têm um papel ativo na Expansão Ultramarina. Loulé, vila e concelho, a isto não é exceção. Se a vila, em si, podemos apelidar de localidade de interior, os seus limites concelhios tocam o mar oceano, assumindo-se como emporium comercial terrestre e marítimo.
O conferencista João Costa é investigador do CHAM/NOVA e do CEH-NOVA. É Doutor em História Medieval pela NOVA/FCSH(2016), com a tese Palmela. O espaço e as gentes (séculos XII-XVI).
É assistente de investigação em vários projetos internacionais: «Açúcar em Águas revoltas: cristãos-novos e judeus. Brasil, Portugal e Holanda e o comércio do açúcar –1595-1618 (2010-2011)», «Portugal in the Sea of Oman (2008-2017)»e «Portugal and UAE. Then and now (2017)». Atualmente é responsável pelo projeto «A Misericórdia de Aldeia Galega do Ribatejo, das origens à implantação da República».Esta iniciativa tem entrada livre.
Por: CM Loúle