Com o arranque do novo ano, há quem planeie mudar de vida por completo. Ao avaliar o custo e a qualidade de vida dos países do mundo , a Forbes concluiu que Portugal é o país mais barato do mundo para viver – e também o melhor -, sobretudo para os cidadãos norte-americanos. O clima, a segurança, o baixo custo de vida e a facilidade de obter vistos de residência são fatores que explicam o primeiro lugar de Portugal da lista que reúne os dez países mais baratos para viver. Além do nosso país, há mais quatro Estados europeus neste ranking.
Estas lista de países foi divulgada pela International Living, que publica todos os anos o Annual Global Retirement Index, reunindo os melhores lugares para reformados a nível global. Para avaliar os países mais baratos e com melhor qualidade de vida, este índice tem em conta o custo de vida, o clima, facilidade na obtenção de vistos, acesso à habitação, saúde e atividades de lazer, por exemplo.
É precisamente por avaliar um número de fatores tão abrangente que esta lista que reúne os países mais baratos para viver não é só para reformados, mas também para quem procura uma vida melhor e mais acessível, destaca a Forbes. E também para quem procura um refúgio para viver de forma a esquivar-se da rotina frenética, da violência ou até de crises sociais, políticas e económicas que assistem nos seus países de origem.
“Quando há a possibilidade de cortar o custo de vida pela metade (…) abrem-se muitas portas para ter uma vida melhor. Se não precisares de trabalhar tanto ou por tanto tempo, podes dar-te ao luxo de passar os teus dias da forma que tu quiseres e com as pessoas que mais gostas (…) E instalares-te num país onde cada dia é uma nova aventura”, partilhou a editora executiva da International Living, Jennifer Stevens, citada pela revista.Esta é a lista completa dos 10 países mais baratos (e melhores) para viver, de acordo com a análise da International Living:
- Portugal;
- México;
- Panamá;
- Equador;
- Costa Rica;
- Espanha;
- Grécia;
- França;
- Itália;
- Tailândia.
Como é viver nos países do Sul da Europa?
Esta lista é, sobretudo, um guia para os cidadãos norte-americanos que planeiam mudar de vida em 2023 e encontrar um lugar mais barato para morar, onde a qualidade de vida seja também garantida. E como o dólar está hoje superior ao euro (1 dólar vale 0,95 euros à taxa de câmbio atual), há cinco países europeus que entram nesta lista: Portugal, Espanha, Grécia, França e Itália. Vamos explorar os motivos que colocaram os países do Sul da Europa nesta lista.No ranking de 2023, Portugal foi eleito o país que reúne melhor custo e qualidade de vida. Isto é, é o melhor país para viver e também o mais barato. Um dos motivos que justifica esta posição na lista é precisamente a força do dólar americano face ao euro, que torna o custo de vida em território nacional ainda mais baixo face ao que se verifica nos EUA - ainda que esteja a subir dada a alta inflação.
“O custo de vida diário é baixo em comparação com os Estados Unidos da América - um casal pode cobrir confortavelmente as despesas (incluindo renda da casa e tudo o resto) por cerca de 2.800 dólares por mês [cerca de 2.649 euros]”, diz Jennifer Stevens. “Um solteiro poderia viver bem com cerca de 2.000 dólares por mês [1.892 euros], com tudo incluído (e até menos em áreas rurais)”, destaca ainda.
Além disso, a mesma publicação destaca que a facilidade em obter visto de residência em Portugal torna a permanência no país no longo prazo “relativamente fácil”. De recordar que Portugal tem uma nova lei para estrangeiros e um regime para residentes não habituais têm atraído cada vez mais famílias estrangeiras a viver no país.
No que diz respeito ao preços das casas, a editora executiva da International Living alertou, desde logo, que viver em “grandes cidades como Lisboa e Porto vai custar mais e em cidades menores menos”. E destacou ainda as cidades algarvias de Lagos, Vilamoura e Tavira, dada a sua história, paisagens, praias e tradições.“O clima ensolarado o ano todo, uma cultura acolhedora, um estilo de vida incrivelmente descontraído e um custo de vida relativamente baixo”. Assim explica Sally Pederson, correspondente da International Living, os motivos pelos quais Espanha é considerado o sexto país mais barato para viver para os estrangeiros.
Embora o custo de vida na Espanha tenha aumentado no ano passado dada a elevada inflação que se vez sentir, viver no país continua a ser mais barato do que nos EUA. Mas muito depende da localização. Quem escolhe viver numa cidade pequena e tranquila poderá gastar cerca de 1.900 dólares por mês (cerca de 1.797 euros). “Nas regiões ensolaradas de Valência e Andaluzia, é possível até conseguir um apartamento T1 por 700 euros por mês”, exemplifica Sally Pederson. “A frescura e os preços baixos dos alimentos são outros fatores que explicam o custo de vida acessível em Espanha”, destaca ainda.
“Espanha oferece uma maravilhosa variedade de climas e cenários”, continua a correspondente, destacando a costa mediterrânea do país onde há 300 a 320 dias de sol por ano. Além disso, também há regiões verdes parecidas com o Oregon (a costa noroeste dos EUA) e para quem gosta de neve, há as montanhas dos Pireneus.Itália é “única” para quem procura uma “vida plena” e a dose certa entre aventura e prazer, destaca correspondente da International Living, Chip Stites. E o custo de vida é “surpreendente baixo” para um país que tanto protege a sua economia e o seu património.
Um italiano da classe média vive com menos da metade do que um norte-americano da mesma classe, diz Chip Stites. Os preços dos imóveis podem chegar a 20.000 dólares (cerca de 18.919 euros) no sul do país. E um casal pode esperar gastar 1.829 dólares por mês (cerca de 1.730 euros), incluindo renda da casa e outras despesas.
Das praias ensolaradas do sul de Itália, Sicília e Sardenha, às zonas montanhosas com neve. Itália é repleta de paisagens de cortar a respiração e possui um conjunto de climas para os variados gostos, incluindo praia, montanhas e campo. “Há zonas climáticas suficientes, tipos de comida, vinhos e costumes para satisfazer até mesmo o reformado mais exigente”, reforça ainda.
Por: Idealista