Sara Cardoso Nunes | Médica Interna na Unidade de Saúde Familiar (USF) Lauroé | Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade do Algarve |snunes@arsalgarve.min-saude.pt

Nos últimos meses tem sido notícia o surgimento de casos de sarampo em Portugal: estão atualmente confirmados 9 casos, todos distribuídos pela região Norte e Lisboa e Vale do Tejo. Desde 2015 que o sarampo é considerado erradicado em Portugal, no entanto têm vindo a ser registados alguns casos desde então, com um aumento de 79% de casos a nível mundial no ano de 2023.

O sarampo é uma doença muito infeciosa causada por um vírus que se transmite de forma idêntica ao coronavírus – através de gotículas ou do ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os sintomas são febre, tosse, conjuntivite, pontos brancos no interior da bochecha e manchas na pele.

A forma mais eficaz de prevenir a doença é através da vacina, que consta no Programa Nacional de Vacinação, dada aos 12 meses e aos 5 anos.

Em pessoas vacinadas, os sintomas são mais ligeiros e com baixo risco de complicações e de contágio; no entanto, em pessoas não vacinadas (como recém-nascidos) e pessoas com problemas de imunidade (imunocomprometidos), o sarampo pode ser fatal e causar complicações graves, como infeções cerebrais.

Atualmente em Portugal existe uma cobertura vacinal >95%, o que confere imunidade de grupo – ou seja, também os não vacinados se encontram protegidos. No entanto, durante um surto ou numa viagem para países com o vírus em circulação, algumas pessoas vacinadas poderão contrair a doença, apesar de mais ligeira do que em pessoas não vacinadas.

Se tiver dúvidas acerca do seu estado vacinal, não hesite e contacte o seu Enfermeiro ou Médico de Família. A vacina é gratuita e está disponível para todos.

No caso de sintomas compatíveis com sarampo ou contacto com pessoas infetadas, deve contactar o SNS 24 (808 24 24 24).

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