A Direção-Geral de Saúde (DGS) anunciou a possibilidade da reabertura da atividade termal a partir desta segunda-feira, através de uma orientação específica para estabelecimentos termais. Uma orientação que dá indicações sobre várias medidas de segurança adicional para os tratamentos termais, a vigorarem durante a fase de pandemia.

Este era um anúncio aguardado pela Associação das Termas de Portugal, que recorda que as estâncias termais tiveram a iniciativa de suspender a atividade em meados de março, no início da fase aguda da pandemia de covid-19.

“Era uma medida que esperávamos há muito. Temos 46 estabelecimentos termais disponíveis para funcionar, dos quais dois — São Pedro do Sul e Chaves — já reabriram hoje. As restantes Termas estão a cumprir o seu plano de análise bacteriológico, solicitado pela DGS, para que possam reabrir durante as próximas semanas”, sublinha Victor Leal, presidente da Associação das Termas de Portugal. “As termas portuguesas já têm protocolos de higiene, de limpeza e de controlo bacteriológico muito apertadas. O que fizemos foi adaptar os protocolos que já temos a esta nova realidade. Entre outras medidas, adotámos medidas como higienização das mãos, medição de temperatura a clientes e a funcionários, tapetes desinfetantes e menor carga nos edifícios para ter maior espaçamento”, explica.

Victor Leal acredita que, apesar da crise provocada pela pandemia, as Termas têm condições para encarar o futuro com otimismo: “Antes da pandemia, o ano de 2020 estava a ser muito positivo para a atividade termal, com crescimento na ordem dos dois dígitos e muitos agendamentos de termalistas. Nas próximas semanas acreditamos que a retoma seja real, apesar de sabermos que as pessoas precisam de tempo para ganhar confiança”, acrescenta.

A mesma opinião é partilhada por Adriano Barreto Ramos, coordenador do consórcio Termas Centro, que reúne 20 estâncias termais da região Centro.  “Desde a primeira hora da epidemia que as estâncias termais se prepararam para estar à altura das exigências de segurança impostas por esta situação nova e é com grande satisfação que vão voltar a receber os seus aquistas a partir desta segunda-feira”, destaca Adriano Barreto Ramos.

“Os tratamentos termais são uma mais-valia para quem procura recuperar de afeções respiratórias e de outras situações clínicas, frequentes em quem esteve muito tempo confinado em casa. Os benefícios das curas termais para o reforço do sistema imunológico têm vindo a ser comprovados pela ciência, pelo que convidamos todos a virem restabelecer-se nas estâncias termais da região Centro. Além do mais, estas estão situadas em zonas tranquilas, afastadas das grandes aglomerações de pessoas, e com uma envolvência natural que induz o relaxamento e o bem-estar”, diz ainda Adriano Barreto Ramos.

Entre as medidas de segurança adicional estipuladas para esta fase, constam a admissão apenas de termalistas de baixo risco e sem sintomas de infeção pelo novo coronavírus e a criação de zonas de isolamento. Terá de ser feita uma triagem prévia não presencial antes das consultas ou tratamentos. Garantir uma ventilação adequada de todos os espaços, reforçar a limpeza e desinfeção das instalações, assegurar um distanciamento de dois metros entre os aquistas e organizar horários e circuitos de forma a evitar o cruzamento entre pessoas são outras das determinações da DGS.

As termas vão disponibilizar uma solução de base alcoólica e máscaras cirúrgicas aos utentes, assim como os lençóis, toalhas e roupões utilizados nos tratamentos e cobre-sapatos ou chinelos de uso único e exclusivo. As máscaras devem ser usadas dentro de todo o espaço termal, podendo ser removidas no gabinete de consulta e no decorrer dos tratamentos termais. A verificação de algum dos sintomas sugestivos de covid-19 implica a suspensão do tratamento.

As datas de reabertura das várias Termas serão anunciadas nas redes sociais da Associação das Termas de Portugal e das Termas Centro.

 

Por: Publituris