“Terá havido, em 2023, 966 órgãos transplantados e esse é o maior número de sempre, ultrapassando em muito o número do ano anterior e o recorde anterior, que já era de 2009”, anunciou Manuel Pizarro, no dia 26 de janeiro, na abertura das II Jornadas Nacionais de Doação de Órgãos, em Coimbra.
O Ministro da Saúde classificou os números, ainda preliminares, de “muito positivos”, sinalizando que “existe margem” para melhor este indicador, aludindo ao facto de a transplantação de órgãos estar limitada à disponibilidade de órgãos. Para isso, defende Pizarro, é necessário aumentar a colheita de órgãos em doentes que estão em paragem cardiorrespiratória.
“Durante um determinado tempo de paragem cardiorrespiratória, ainda será possível colher órgãos com viabilidade. Isso exige uma grande sofisticação na organização dos hospitais, mas também exige a adequação do quadro legal, para que, com todas as garantias éticas em relação às pessoas em causa, seja possível obter esses órgãos que podem salvar vidas”, referiu o ministro da Saúde.
Manuel Pizarro deixou ainda uma mensagem de agradecimento público aos dadores e aos seus familiares, bem como um reconhecimento aos profissionais envolvidos na doação e na transplantação de órgãos. “É a generosidade e altruísmo dos dadores e famílias e a excelência dos profissionais envolvidos que permite oferecer às pessoas com doença uma nova vida”, disse.
O governante defendeu que “o lugar cimeiro que Portugal ocupa no panorama da transplantação a nível mundial” só é possível graças ao empenho dos profissionais de saúde e aos que desempenham a sua missão no Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Instituto Nacional de Emergência Médica, Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Polícia, Força Aérea Portuguesa e Bombeiros.
As II Jornadas Nacionais de Doação de Órgãos subordinadas ao tema “Mais Órgãos… mais transplantação” foram promovidas pelo Serviço de Medicina Intensiva da Unidade Local de Saúde de Coimbra (CHUC), em parceria com o Gabinete de Coordenação e Colheita de Órgãos do CHUC.
Por: SNS