APR considera alteração à lei uma «decisão política precipitada», com a qual o Governo arrisca «desfazer anos de progresso».

O anúncio do fim do regime de residentes não habituais (RNH) continua a motivar reações de vários players de mercado. É a vez da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts (APR), que considera a nova alteração legislativa proposta pelo Governo “mais uma decisão sem fundamentação factual com profundas consequências para Portugal”.

“Portugal voltará à imprensa internacional pelos piores motivos, revelando novamente uma instabilidade legislativa que coloca em causa a credibilidade e a competitividade do nosso país. A este facto, acrescerá a diminuição das receitas fiscais, a perda de empregos, e outros efeitos adversos sobre as empresas que cada vez mais competem para atrair talento, sejam eles estrangeiros ou nacionais”, começa por dizer a APR, em comunicado.

Terminar o RNH sem uma análise adequada e planeamento é uma decisão que poderá ter ganhos políticos imediatos, mas prejudicará Portugal no médio e longo prazo. Recomendamos assim que o Governo reconsidere esta medida e a avalie de uma forma aprofundada, ouvindo os atores económicos de forma a evitar consequências negativas para a nossa economia”, comenta Pedro Fontainha, diretor executivo da APR.

“Tal como decisões anteriores, esta medida parece ser novamente uma decisão política precipitada que carece de fundamentação em análises factuais e que desconsidera o impacto na economia nacional num momento que se afigura de mudança”, acrescenta o responsável.

Para a APR, ao por fim ao RNH, o Governo “arrisca desfazer anos de progresso e alienar potenciais investidores e o regresso de portugueses qualificados, críticos para o desenvolvimento da nossa economia”.

 

Por: Idealista