A convivência com os vizinhos nem sempre é fácil de manter, sem problemas ou situações incómodas.
Há quem seja menos cauteloso com o respeito das regras, vida e espaços dos demais e isso pode gerar conflitos que podem mesmo acabar em processos judiciais.
Mas há formas de proceder para tentar resolver tudo sem chegar a esse ponto.
Hoje, no artigo da Deco Alerta damos dicas que podem valer ouro e evitar dores de cabeça maiores com a vizinhança.
A Deco Alerta é uma rubrica semanal destinada a todos os consumidores em Portugal que é assegurada pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor* para o idealista/news.
Os vizinhos do andar de cima têm como hábitos fumar à janela e deitar a cinza para a rua.
Com frequência, sobretudo se há vento, a cinza cai na minha varanda, sujando muito o chão e até a roupa estendida.
Aconteceu até já ficar com peças de roupa danificadas.
Tentei desvalorizar esta situação, mas como é um facto recorrente tem impacto na nossa vida quotidiana.
O que me aconselham a fazer?
Começa por tentar uma abordagem cordial, sensibilizadora e explicativa dos incómodos que esse “hábito” tem provocado na tua vida.
Nada como manter a paciência e a calma em situações de conflito, portanto poderás argumentar que para fumar à janela ou varanda há que ter bom senso e algum cuidado, para que esse ato não incomode a vizinhança.
Explica inclusivamente que o arremesso de beatas e cinza, se houver roupa estendida por baixo, pode causar danos e até provocar um incêndio.
Depois é uma boa estratégia calcular o valor dos danos que a infração do vizinho te está a causar.
É mais fácil levares o vizinho a identificar-te com o teu problema se o conseguires quantificar. Não é necessário ser um valor monetário exato, podes referir o transtorno e o trabalho extra que a sua atitude te causa.
É importante que reúnas provas ou evidências.
Um dos passos fundamentais antes de advertir o seu vizinho é reunir provas do que está a alegar.
Estas são essenciais para uma negociação direta, mostrando o incómodo que estão a causar, e até para num eventual futuro processo judicial.
As provas podem ser fotos, vídeos e as peças de roupa danificadas e/ou sujas.
Podes sempre avançar com possíveis soluções, deixando também em aberto espaço para negociar e sugestões do vizinho.
Deixa a boa vontade e o bom senso prevalecer, ficam todos a ganhar e evitam-se os contratempos que sempre resultam de uma intervenção judicial ou administrativa.
Contudo, esgotadas todas as hipóteses, é recomendável recorrer a um julgado de paz (onde existam e desde que o valor da causa o permita) ou a um processo de arbitragem.
Por: Idealista