A linhagem de Canelas (fig. brasão) deriva da Maia. Trestamiro Alboazar, o 1º Senhor da Maia (1034-38), foi pai de Gonçalo Trestamites da Maia. Deste nasceu Mendo Gonçalves da Maia (1045-65) que teve como filhos, entre outros, Soeiro e Gonçalo (F. Gaio, 1678).
Soeiro Mendes da Maia “o Bom”, irmão de Gonçalo Mendes da Maia “o Lidador”, foi patrono de Santo Tirso (1081-1103). Casou com Gondrote Moniz (filha do Conde de Bierzo Munio Moniz e de Moniadona Moniz) de quem teve Paio.
Paio Soares “Zapata” (1094-1129) foi Mordomo-mor (1097) do Conde D. Henrique, Governador de Montemor (1099) e da Maia (1110-28) e Alferes (1112) de D. Teresa. Casou com Chamoa “Loba” Gomes de Pombeiro (filha de Gomes Nunes de Pombeiro e de Elvira Peres de Trava) e tiveram Pedro e Paio. Chamoa, depois de viúva e monja, teve Soeiro Mendes “Facha” de seu primo Mem Rodrigues de Tougues e de D. Afonso Henriques, com quem esteve para casar, Fernando Afonso que substituiu o irmão uterino Pedro Pais como Alferes, participou na IV Cruzada e foi o 11º Grão Mestre dos Hospitalários (1203-6). De regresso a Portugal foi envenenado por frades de Évora...
Pedro Pais “Alferes” assim chamado por ter sido Alferes-mor (1147-69) de D. Afonso Henriques, exilou-se após o desastre de Badajoz. Voltou a ser Alferes (1171-86) por D. Fernando II de Leão. Casou com Elvira Viegas (filha de Egas Moniz “o Aio” e de Teresa Afonso) e tiveram Soeiro.
Soeiro Pires da Maia servio D. Afonso II (1211-23), D. Sancho II (1223-46) e D. Afonso III (1246-79). Não casou, mas de “barregã” teve descendentes, entre os quais Martim.
Martim Soares de Baguim e depois de Canelas era vivo em 1172 e foi Senhor da quinta de Baguim do Monte, Gondomar. Teve o segundo apelido por sua mulher, Maria ou Mor Fernandes de Almeida, herdeira da quinta de Canelas, Gondomar, adquirida por seu pai Fernão Martins de Almeida.
No Algarve, o mais antigo encontrado foi Álvaro Canelas nascido (c.1518) na Província da Beira e falecido em Tavira onde deixou descendência (geneanet.org/jcabec.).
