A fatura da luz vai, afinal, aumentar em 2018 para a maioria dos portugueses. Depois do regulador do setor, a ERSE, ter anunciado a descida em 0,2% do preço do mercado regulado, a EDP Comercial anunciou agora que as tarifas do mercado livre vão subir, em média, 2,5%.

Os novos preços entram em vigor a partir de 18 de janeiro e vão abranger quatro milhões de clientes.

Segundo as contas do Jornal de Negócios, este aumento vai refletir-se num acréscimo de um euro por mês, em média, na fatura. A publicação escreve que a Endesa e a Iberdrola ainda não tomaram qualquer decisão sobre o tema.

Em entrevista à Lusa, Miguel Stilwell de Andrade, administrador da EDP, adiantou que o fornecedor de energia em mercado livre, do grupo EDP, “procurou privilegiar as famílias com maiores consumos”, com tarifa simples, que terão uma redução na componente de consumo e um aumento na potência, o que permite, no global, “uma tarifa igual ou ligeiramente abaixo” à regulada.

O responsável revelou que a principal razão para esta subida média de 2,5% das tarifas em 2018 é o “aumento de preços da energia no mercado grossista em 24% no último ano”, em grande parte devido à seca e ao incremento do preço do carvão. “Temos de refletir esse aumento no nosso preço. O [mercado] regulado não refletiu esse aumento”, referiu.

Com as novas tarifas, o preço da eletricidade no mercado livre, que soma quase cinco milhões de clientes no total, é superior em média 1,9% ao preço das tarifas reguladas, sendo que o mercado regulado tem cerca de 1,25 milhões de clientes.

De referir que a EDP já começou a enviar cartas aos clientes a comunicar a recente atualização dos preços. Depois de receberem o aviso, têm 14 dias para tomarem uma decisão: ou mudam de operador ou regressam ao mercado regulado. 

Por: Idealista