Entre 2011 e 2016, segundo os especialistas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), assistiu-se a uma “redução significativa" no nível de pagamentos em atraso das administrações públicas. Em cinco anos, o “stock” de dívida passou de 4.724 milhões para 854 milhões de euros, mas 2017 veio inverter essa tendência. No ano passado o total de pagamentos em atraso voltou a aumentar.

Na nota sobre a execução orçamental divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), citada pela Lusa, a UTAO afirma que "o 'stock' de pagamentos em atrasoregistou um aumento em 2017, invertendo uma tendência decrescente desde 2011". O  “stock” da dívida a fornecedores aumentou para 1.075 milhões de euros no final do ano passado, mais 221 milhões de euros (25,9%) face a 2016.

Esta subida deveu-se sobretudo aos hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais), onde os pagamentos em atraso cresceram 293 milhões de euros, um aumento que foi "parcialmente atenuado" pela redução desta dívida na administração local (menos 47 milhões de euros) e na administração regional (menos 21 milhões de euros).

 

Por: Idealista