O apelido Cardoso teve origem na quinta do mesmo nome em S. Martinho de Mouros, no concelho de Resende. Cardos estão representados no brasão.
À semelhança de outos apelidos como Coelho, Taíde, Carvalho, Fonseca, Machado, Frade e Matos, Cardoso provém da geração de Riba-Douro do conde Monio “o Gasco”. É a linhagem “postrimeira” das 5 que “andaram a filhar o reino de Portugal” (Livro Velho, 1270).
Monio “o Gasco” veio na armada dos Gascões para recuperar o Porto, na companhia dos filhos, de seu irmão Sesnando e de D. Onego, bispo de Vendôme e depois bispo do Porto.
Egas Moniz “o Velho”, falecido em 1022, juntamente com seu pai Monio e seu irmão Gomes, na conquista de Riba-Douro, casou com Toda Ermiges (filha de Ermígio Alboazar da Maia e de Vivili Trutesendes) e foram pais de Ermígio.
Ermígio Viegas (1047) foi patrono do mosteiro de Pendorada (Resende). De sua mulher Unisco Pais nasceu Monio.
Monio Ermiges, patrono de Santo Tirso e “maiorino” ou “triumphador” (1105-7) do Conde D. Henrique, casou com Ouroana e tiveram Egas (José Mattoso, 1987).
Egas Moniz “o Aio”, assim chamado por ter sido aio de D. Afonso Henriques, referenciado entre 1108 e 1146, foi casado com Maior Pais e voltou a casar com Teresa Afonso (filha de Afonso Nunes de Celanova).
Soeiro Viegas Cardoso, 1º do apelido, nasceu de Teresa Afonso. É referido entre 1146 e 1187 e casou com Sancha Bermudes (filha de Bermudo Peres de Trastâmara), falecida em 1208. Soeiro foi proprietário de Friandre e durante muito tempo governador de Lamego.
Mécia Soeiro Cardoso, filha dos anteriores, foi casada com Ermígio Pais de Matos (filho de Paio Viegas e de Aldara) e tiveram Paio Ermiges de Matos, Afonso Ermiges do Amaral e Vasco Ermiges Cardoso…
O Doutor Joham Cardosso (1493, Actas de Vereação de Loulé) foi enviado ao Reino do Algarve “acerqua d’apuraçam dos besteiros do monte”; e proibição do uso de armas “algumas grandes nem pequenas”…
De Loulé era Margarida Cardosa casada, por volta de 1590, com António Afonso do qual enviuvou antes de 1629…
