Por Teresa Lourenço | Membro Efetivo da Ordem dos Nutricionistas | tmlourenconutricao@gmail.com

A coenzima Q10 ou também chamada de Ubiquinona é um antioxidante que existe no nosso corpo de forma natural, tem como principal função assegurar a produção de energia nas células, indispensável ao funcionamento do nosso organismo. Está presente predominantemente onde é necessário mais energia como o caso do cérebro, fígado e coração.

Uma ingestão adequada deste antioxidante previne a fadiga física, problemas cardiovasculares, o envelhecimento precoce (incluindo o da pele), o aparecimento de doenças degenerativas e periodontais e ainda compensa a possível carência associada à toma de fármacos (ex. Estatinas).

Com o passar dos anos, a produção pelo nosso corpo (produção endógena) diminui 30-60%, i.e. torna-se fundamental ingerir alimentos ricos em Q10 ou tomar suplementos com este antioxidante. De salientar que diariamente só conseguimos obter 2-5mg/dia o que não é suficiente para suprir as necessidades, uma vez que apenas 10% é absorvido.

Diversos estudos vieram demonstrar que a utilização de Coenzima Q10 em doses entre 30mg/dia a 3000mg/dia é uma mais-valia para inibir o desenvolvimento de doenças com poucos efeitos adversos. Em 2017 o INFARMED emitiu um parecer onde declara que a posologia aprovada em fármacos (dependendo dos casos) varia entre 30 a 100mg/dia e que a administração de fármacos com este componente deverá ser feita com precaução, uma vez que poderá interferir com outros fármacos e/ou tratamentos.

Os principais alimentos que contêm Coenzima Q10 são: rebentos de soja, peixe rico em ómega 3 (ex. sardinha, atum, cavala); frutos gordos (ex. amêndoas, nozes e amendoins) e hortícolas de folha verde escura (ex. espinafres e brócolos).

Em suma, aconselhe-se com o seu nutricionista e médico sobre a eventual toma deste antioxidante.