O CDS-PP foi ontem ao terreno para onde está prometido pelo PS, há 12 anos, o novo hospital de Faro e mostrou um campo vazio, com pedras e arbustos, e que é «nada», segundo o deputado João Rebelo.

Ao lado da líder do partido, Rebelo historiou o processo, com sucessivas promessas de construção, desde 2007, no tempo do governo socialistas de José Sócrates – que assim «apareceu» pela segunda vez neste dia de campanha do CDS às legislativas –, até «há quatro dias», quando o secretário-geral do PS, António Costa, definiu o hospital central de Faro como prioritário. 

O Algarve tem mais de 420 mil habitantes, que no verão cresce 1,5 milhões durante o Verão por causa do turismo, e precisa, disse Assunção Cristas, desta estrutura, que custaria 250 milhões de euros.

A este somam-se ainda vários outros problemas na região do Algarve como as filas de espera para consultas, de que a presidente do CDS-PP deu o exemplo: «mil dias para uma consulta de ortopedia», recordando a proposta do partido de, quem não conseguir uma primeira consulta de especialidade, poder recorrer ao setor privado e social.

De costas para o terreno, um descampado perto do estádio do Algarve, João Rebelo exclamou: «Ora, neste momento, é isto vocês vêm aqui atrás: nada. Nada está feito ».

Aquele é, e perante «novos anúncios» por parte do PS, uma «marca do desinvestimento na saúde» por parte do Governo, de «quatro anos deitados ao lixo».

Ao mesmo tempo, João Rebelo apelou que as pessoas «venham ao Algarve ver porque é que as pessoas não sentem esse investimento» de que o primeiro-ministro socialista fala nos seus discursos.

«Quando António Costa faz uma campanha toda [em cartazes] a dizer ‘cumprimos’, é bom que o CDS venha aqui dizer que não, não cumpriu», afirmou ainda, e o PS «não cumpriu» em 2007, em 2009, durante os executivos de Sócrates, e agora também não cumpriu, em 2015.

A alternativa, segundo Assunção Cristas, poderia passar por uma parceria público-privada, modelo de que «o atual Governo desistiu», ao mesmo tempo que admitiu que, durante o tempo em que o PSD governou com o CDS-PP (2011-2015), essa não foi uma prioridade. Esse governo, justificou, «esteve empenhado em devolver a soberania financeira roubada ao país pelo PS», que deixou Portugal «na bancarrota». 

 

Por: Lusa/VA