Os alunos da escola encerrada em Faro devido ao caso positivo de covid-19 de uma funcionária já não vão ter aulas presenciais, depois de terem sido detetados mais dois casos de funcionárias, disse hoje à Lusa o diretor do agrupamento.

A Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro, foi encerrada na quinta-feira após a deteção de um caso de covid-19 relativo a uma funcionária e os alunos foram transferidos para outra escola do agrupamento para continuarem a ter aulas presenciais.

No entanto, explicou Francisco Soares, após a deteção de mais dois casos, o agrupamento decidiu “suspender em definitivo a atividade letiva presencial” e colocar hoje os alunos em ensino à distância, até sexta-feira, quando encerra o ano letivo.

Após a deteção dos dois novos casos – rastreados num grupo de 19 pessoas que tinha contactado com a primeira infetada - a escola elaborou uma nova lista de contactos próximos a estas funcionárias, que já incluiu também elementos da direção e professores.

O pessoal incluído neste novo grupo de 19 pessoas foi testado no domingo de manhã e os resultados “são todos negativos”, referiu Francisco Soares, que acredita, por isso, que a escola conseguiu circunscrever aquele foco de infeção.

“Penso que conseguimos uma relativa estabilidade e quero acreditar que temos a situação do foco sob controlo. Queremos acreditar que não há mais nenhuma infeção dentro da escola”, sublinhou, atribuindo o “sucesso” da operação ao facto de o agrupamento ter um “bom plano de contingência”.

As funcionárias que estão infetadas e em isolamento – e que se encontram assintomáticas - estão a ser acompanhados pela escola e pelos seus psicólogos, que estão também a prestar apoio a toda a comunidade escolar que se sinta “com mais receios”, acrescentou Francisco Soares.

A investigação epidemiológica deste foco de infeção está a ser conduzida pela delegada regional de Saúde do Algarve, que irá “identificar e manter em isolamento profilático e vigilância os contactos diretos dos casos confirmados”.

A covid-19 é uma doença transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

Lusa